O ex-presidente da empreiteira Odebrecht Marcelo Odebrecht confirmou à força-tarefa da Operação Lava Jato o conteúdo da delação premiada do ex-executivo da empreiteira Cláudio Melo Filho sobre pagamento de 10 milhões de reais ao PMDB a pedido do presidente da República, Michel Temer (PMDB), segundo reportagem do jornal ‘Folha de S.
Paulo’ desta quarta-feira (14). » Humberto Costa volta a pedir renúncia de Temer Marcelo, que também fechou acordo de delação com a Lava Jato, confirmou em depoimento em Curitiba o episódio citado por Melo Filho sobre jantar com o então vice-presidente Temer no Palácio do Jaburu, em 2014, no qual foi acertado o pagamento dos 10 milhões de reais para campanha do PMDB, afirmou o jornal.
O patriarca da empresa, Emílio Odebrecht, também iniciou seu depoimento no acordo de delação premiada e foi à sede da Procuradoria-Geral da República em Brasília na terça-feira, segundo o jornal.
Também nesta quarta-feira, o jornal o Estado de S.
Paulo afirma que o Palácio do Planalto está preocupado com o fato de Melo Filho ter dito à Lava Jato possuir elementos de prova, como ligações telefônicas, sobre suposto pedido de dinheiro por Temer.
Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, citou recursos repassados a diversos líderes peemedebistas em sua delação, de acordo com vazamentos do conteúdo.
Foram citados o presidente Michel Temer, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o secretário do Programa de Parcerias de Investimento, Moreira Franco, o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), o presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), e o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (RR), além de políticos de outros partidos, como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Os políticos negaram qualquer irregularidade.