Veja a nota oficial da Direção Nacional da JSB. “Há 20 anos o PT, PSDB e PMDB comandam o País e toda vez que vão comandar estão sendo cercados pelas mesmas forças atrasadas que acabam constrangendo o Brasil com as práticas políticas mais atrasadas e menos republicanas”.
Eduardo Campos, 11/06/14.
O Partido Socialista Brasileiro em seus mais de sessenta e nove anos de atuação sempre acreditou e defendeu a Democracia como pilar da atuação política, mas não é de agora que critica o presidencialismo de coalizão vigente e, por consequência, as forças atrasadas que compõem a base de qualquer governo.
A crise de representatividade que vivenciamos hoje é reflexo desse modelo e desde sempre o PSB defendeu uma ampla reforma política para tentar estancar a crise política que persiste mesmo com a troca no comando do poder executivo.
O vice-presidente eleito em 2014, Michel Temer, assumiu o comando do País com o discurso de realizar um governo de coalizão que apresente a possibilidade de apontar um caminho para fora das crises política e econômica.
Mas o governo Temer se mostrou incapaz de estancar a sangria das contas públicas e caminha a passos largos no aprofundamento da crise política.
O PSB nunca desistiu do Brasil e, mesmo com legítimas resistências internas, emprestou quadros para compor o governo Temer na esperança que assim estaríamos ajudando o País a entrar nos trilhos do desenvolvimento novamente.
O PSB, seguindo o exemplo de Miguel Arraes, sempre teve lado e buscou operar políticas públicas que favoreçam a quem mais precisa.
Infelizmente o governo Temer vem apresentando alternativas ao Brasil que favorecem apenas os setores já privilegiados historicamente na construção de nossa Nação.
A PEC do controle dos gastos públicos, a proposta de Reforma da Previdência, o perdão a 13 mil pessoas e empresas que devem juntos mais de 900 bilhões aos cofres públicos mostram exatamente para quem Michel Temer pretende governar.
A forma intransigente que os projetos foram apresentados ao legislativo mostra também a face autoritária do governo Temer, as colaborações apresentadas pelos nossos parlamentares para a Reforma do Ensino Médio e para a PEC do controle dos gastos foram solenemente ignoradas pelo governo.
A situação do governo Temer se agrava ainda mais quando observamos que indicadores econômicos não melhoraram com a troca do governo.
O desemprego segue crescendo de forma vertiginosa, o crescimento do País segue negativo e as projeções para 2017 são as piores possíveis.
Dessa forma, em sintonia com nossa militância, com nosso estatuto e com o projeto de nação que apresentamos em 2014 liderado por Eduardo Campos, a direção nacional da Juventude Socialista Brasileira encaminha ao Diretório Nacional do PSB, o pedido para que o PSB se afaste definitivamente do governo Temer.
Que os militantes e parlamentares do nosso Partido não assumam cargos neste governo e os que ocupam, entreguem imediatamente ou se afastem do Partido.
Queremos o PSB na oposição, a saída da crise é pela esquerda.
Brasília, 14 de Dezembro de 2016