Depois de um dia de reuniões em Brasília, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), volta nesta quinta-feira (15) convencido de que o ano será se extrema dificuldade para o País.
Diante desse quadro, interlocutores do socialista afirmam que ele será obrigado a reduzir cerca de 10 secretarias.
Hoje, a gestão tem 24 pastas e 15 órgãos abrigando 23,5 mil servidores efetivos e 2,6 mil comissionados.
LEIA TAMBÉM » Geraldo Julio estuda enxugamento de secretarias na PCR Durante a campanha à reeleição, o socialista havia usado a crise como justificativa para não ter concluído obras e cumprido promessas do primeiro mandato.
Um mês depois de vencer a disputa, já anunciou que iniciaria o próximo ano com a máquina mais enxuta, sem adiantar, porém, quantas secretarias seriam extintas na reforma administrativa.
Para vigorar no início do ano, já no início do segundo mandato, o projeto da redução no número de secretarias precisa ser enviado para a Câmara Municipal em caráter extraordinário até o fim de dezembro, quando começa o recesso parlamentar.
Geraldo Julio ainda tem como preocupação a articulação da base para não provocar rachas.
O prefeito foi eleito em uma coligação de 20 partidos, aliança maior do que a de 2012.
Além da reforma administrativa, diante da crise, o prefeito havia anunciado medidas como a revisão de contratos para tentar, segundo cálculos da prefeitura, economizar R$ 90 milhões em 2017.
De acordo com a PCR, houve uma economia de R$ 313 milhões.
R$ 38 milhões para obras Foto: Roque Sá/Divulgação Em Brasília, nesta quarta-feira (14), o prefeito teve uma reunião com o ministro das Cidades, o pernambucano Bruno Araújo, e anunciou que foram liberados R$ 38 milhões para obras de contenção de encostas em áreas de morro dos bairros como Ibura, Cohab, Guabiraba, Nova Descoberta, Passarinho, Jordão Alto e Baixo, UR7 - Várzea, Beberibe, Dois Unidos, Linha do Tiro, Bomba do Hemetério e Vasco da Gama.
O recurso havia sido aprovado pela Caixa Econômica Federal e a liberação aguardava homologação do ministério.