Do JC Online Em entrevista à Rádio Jornal, o ex-capitão da Polícia Militar, Vlademir de Assis, denunciou sofrer perseguição do Estado após perder a patente e ser rebaixado para tenente.
A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (14).
Segundo o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Fernandes Gioia, não foi o governo que retirou a patente do PM, mas sim uma decisão judicial.
Na última terça-feira (13), no programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, o agora tenente Assis concedeu entrevista sobre as negociações da campanha salarial da categoria e disse que o Governo de Pernambuco tinha quebrado as pontes de diálogos com os PM’s.
Um dia após as declarações, o militar foi rebaixado do cargo.
Nesta quarta, o tenente disse que a medida é fruto de mais uma arbitrariedade e desafia o governo a mostrar qualquer decisão judicial que o despromova.
Segundo o PM, há 14 anos foi determinado por um juiz o seu ingresso no quadro de acesso, onde pode ser ou não promovido, por ser antigo na corporação.
Porém ele explica que o Estado perdeu o prazo de rever os atos.
Escute a entrevista completa do ex-capitão da PMPE: “Havia uma mesa permanente de negociação onde o Estado reconhecia a legitimidade das associações e nós conversávamos tranquilos sem nenhuma briga”, contou Assis, sobre as negociações com a categoria.
E completa: “nenhum comandante quis me despromover de repente.
O Estado anulou essa portaria, colocou os tanques de guerras nas ruas, prendeu o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, que a justiça logo em seguida reverteu por considerar um ato injusto; agora me despromoveu, demitiu o subtenente José Roberto, presidente da Guarda Patrimonial, e isso é diálogo?” indagou o ex-capitão.
Na manhã desta quarta, o secretário Angelo Fernandes Gioia esclareceu que o rebaixamento do ex-capitão da PM para tenente não foi uma decisão do Governo do Estado, e sim judicial. “Não foi o governo que reduziu.
Cumpriu uma decisão judicial, o que deve ser dito a população”, disse o secretário.
E concluiu explicando que não houve retaliação.
Escute a entrevista do secretário de Defesa Social: