Ofuscado pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, pelas eleições municipais e por um racha dentro da família Campos/Arraes que acentuou o vácuo de liderança deixado no PSB após a morte do ex-governador Eduardo Campos.
Assim foi o ano do centenário do ex-governador Miguel Arraes.
Embora a legenda em Pernambuco tenha conquistado 70 prefeituras neste ano, nove a mais que em 2012, a derrota do neto de Arraes, o advogado e escritor, Antônio Campos, deixou marcas na família do ex-governador e no seio da legenda.
Ele também é presidente do Instituto Miguel Arraes (IMA).
Miguel Arraes criança.
Crédito: Acervo do IMA - Miguel Arraes criança.
Crédito: Acervo do IMA Arraes no Ginásio.
Crédito: Acervo do IMA - Arraes no Ginásio.
Crédito: Acervo do IMA Formatura em Direito.
Crédito: Acervo do IMA - Formatura em Direito.
Crédito: Acervo do IMA Arraes com o pai, mãe e irmãs em 1932.
Crédito: Acervo do IMA - Arraes com o pai, mãe e irmãs em 1932.
Crédito: Acervo do IMA Arraes, dona Benigna e Magdalena.
Crédito: Acervo do IMA - Arraes, dona Benigna e Magdalena.
Crédito: Acervo do IMA Arraes, Magdalena e filhos.
Crédito: IMA - Arraes, Magdalena e filhos.
Crédito: IMA Ato do Chapéu de Palha em Escada.
Crédito: Acervo do IMA - Ato do Chapéu de Palha em Escada.
Crédito: Acervo do IMA Campanha de 1985.
Crédito: Acervo do IMA - Campanha de 1985.
Crédito: Acervo do IMA Evento como prefeito do Recife.
Crédito: Acervo do IMA - Evento como prefeito do Recife.
Crédito: Acervo do IMA Fidel Castro e Miguel Arraes.
Crédito: Acervo do IMA - Fidel Castro e Miguel Arraes.
Crédito: Acervo do IMA Fildel Castro e Miguel Arraes.
Crédito: Acervo do IMA - Fildel Castro e Miguel Arraes.
Crédito: Acervo do IMA Lula e Arraes em 1995 - Crédito: Acervo do IMA - Lula e Arraes em 1995 - Crédito: Acervo do IMA Miguel Arraes no Exílio em 1979.
Crédito Acervo do IMA - Miguel Arraes no Exílio em 1979.
Crédito Acervo do IMA Na Argélia Arraes com Francisco Julião - Crédito - Acervo do IMA - Na Argélia Arraes com Francisco Julião - Crédito - Acervo do IMA Na Argelia em 1969.
Crédito Acervo do IMA - Na Argelia em 1969.
Crédito Acervo do IMA Na Argelia em reunião no jardim da casa.
Crédito: Acervo do IMA - Na Argelia em reunião no jardim da casa.
Crédito: Acervo do IMA Na embaixada da Argelia com o embaixador Tayebi-Taibi.
Crédito: Acervo do IMA - Na embaixada da Argelia com o embaixador Tayebi-Taibi.
Crédito: Acervo do IMA No Aeroporto do Rio de Janeiro.
Crédito: Acervo do IMA - No Aeroporto do Rio de Janeiro.
Crédito: Acervo do IMA População no comício de boas vindas em Santo Amaro.
Crédito: Acervo do IMA - População no comício de boas vindas em Santo Amaro.
Crédito: Acervo do IMA Posse do primeiro governo na Assembleia Crédito: Acervo do IMA - Posse do primeiro governo na Assembleia Crédito: Acervo do IMA Primeiro casamento com Celia de Souza.
Crédito: Acervo do IMA - Primeiro casamento com Celia de Souza.
Crédito: Acervo do IMA Santo Amaro em 1979 recebendo Arraes.
Crédito Acervo do IMA - Santo Amaro em 1979 recebendo Arraes.
Crédito Acervo do IMA A promessa dos socialistas, no fim de 2015, era de que 2016 seria um ano marcado por celebrações pelo Centenário, no entanto atos realizados para marcar a data ficaram praticamente restritos ao mês de dezembro, realizados em Brasília, Pernambuco e Ceará.
Sem contar com a homenagem que da Vila Isabel no desfile das escolas do Rio de Janeiro.
No ano passado, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), chegou a aprovar uma lei definindo para que 2016 fosse todo dedicado à memória de Arraes.
LEIA MAIS: Centenário de Arraes: de menino tímido a “Pai Arria” do povo pobre Relação entre Jarbas e Arraes permeada por atritos e aproximações Após ter ingressado no PSB no momento da sua “refundação” na década de 1980, Arraes conseguiu atrair para si a condição de principal nome do partido, legado herdado pelo neto Eduardo Campos após seu falecimento em 2005.
A partir daí, sobretudo com Eduardo se tornando governador de Pernambuco em 2006, era nas mãos dele que estavam os destinos dos socialistas e possivelmente do País, caso lograsse êxito na empreitada de ser presidente da República.
No entanto, em 13 de agosto de 2014, durante a corrida eleitoral, o acidente que vitimou Eduardo, levou também a centralidade das decisões, deixando uma divisão entre lideranças de dois estados: Pernambuco e São Paulo.
A presidência do partido é exercida pelo pernambucano, mas não alinhado com as lideranças pernambucanas, Carlos Siqueira, enquanto que as “crias” de Eduardo em Pernambuco tentam imprimir uma marca local que os faça galgar projeção de poder dentro da legenda nacionalmente.
Caso do atual governador, Paulo Câmara, e do prefeito do Recife, Geraldo Julio.
Se antes das eleições 2016, a dor de cabeça dos pernambucanos estava em manter proeminência frente aos próceres paulistas, a derrota de Antônio Campos em Olinda levou publicamente para o seio familiar o desgaste da falta de unidade.
Sem contar com o apoio da família formada por Eduardo, Antônio acusou a viúva, Renata Campos, de trabalhar junto com Paulo e Geraldo para impedir que ele vencesse.
A briga nos bastidores é pelo legado político.
Enquanto os afilhados de Eduardo no Estado e na capital preparam terreno para a “maioridade” do filho mais velho do ex-governador, João Campos, Antônio tenta ocupar um espaço de liderança no presente.
Para se lançar em Olinda, contou com a articulação nacional vinda de São Paulo – de Carlos Siqueira – e da sua mãe, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes.
Coube aos dirigentes socialistas locais engolir Tonca.
Mas antes de Antônio, o núcleo pernambucano já não era monolítico.
O senador Fernando Bezerra Coelho constantemente entra em rota de colisão com Paulo e Geraldo.
Foi assim na nomeação de Fernando Bezerra Filho para ministro de Minas e Energia no governo do presidente Michel Temer.
Os dois defendiam que o PSB não integrasse a administração.
O que foi contrariado pelo senador que trabalhou pela indicação do filho.
PSB NÃO SOCIALISTA?
O próprio caminho trilhado pelo PSB após a morte do ex-governador Eduardo Campos é questionado por dissidências dentro do partido.
Embora hoje não esteja mais nas hostes socialistas, uma das principais críticas é a vereadora do Recife Marília Arraes (PT), neta de Miguel Arraes. “O PSB de Arraes não é este que está aí.
O socialismo de Arraes também não é esse que o partido diz seguir.
Isso não é socialismo”, acusa, acompanhada do que fala Tonca: “É preciso que haja uma repactuação em torno do legado de Arraes, do povo, da história do nosso partido.” Com a morte de Eduardo, a legenda apoiou a candidatura da vice-candidata, a ex-senadora Marina Silva (então no PSB), que não foi ao segundo tuno.
Neste, os socialistas decidiram não marchar ao lado dos petistas, historicamente ligados à esquerda, mas sim com o candidato tucano Aécio Neves.
Movimentação que também gerou críticas públicas de nomes históricos na legenda, como o ex-presidente socialista Roberto Amaral.
Durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o apoio dado pelo PSB para que ela fosse afastada também trouxe mais questionamento de nomes da esquerda.
Minimizando as críticas, Carlos Siqueira, diz que as discordâncias são normais e refletem uma legenda plural que convive com o debate. “Somos um partido que se renova com novas lideranças, mas mantendo o entendimento de sempre, e o maior legado de Arraes: de que as necessidades do povo precisam estar como plano de governo e de vida de qualquer gestor e administração socialista”, conclui.