Rompimentos entre amigos acontecem a todo momento.

Amizades vem e vão em um movimento natural da vida.

Mas a separação entre dois caciques políticos costuma atrair atenção pública, discursos duros, divisão em seguidores que compram a briga do aliado atacado, não sendo diferente na relação - ou falta dela – que permeou a história entre o ex-governador Miguel Arraes e o hoje deputado federal Jarbas Vasconcelos.

Arraes com o pai, mãe e irmãs em 1932.

Crédito: Acervo do IMA - Arraes com o pai, mãe e irmãs em 1932.

Crédito: Acervo do IMA Arraes, dona Benigna e Magdalena.

Crédito: Acervo do IMA - Arraes, dona Benigna e Magdalena.

Crédito: Acervo do IMA Arraes, Magdalena e filhos.

Crédito: IMA - Arraes, Magdalena e filhos.

Crédito: IMA Arraes no Ginásio.

Crédito: Acervo do IMA - Arraes no Ginásio.

Crédito: Acervo do IMA Ato do Chapéu de Palha em Escada.

Crédito: Acervo do IMA - Ato do Chapéu de Palha em Escada.

Crédito: Acervo do IMA Campanha de 1985.

Crédito: Acervo do IMA - Campanha de 1985.

Crédito: Acervo do IMA Evento como prefeito do Recife.

Crédito: Acervo do IMA - Evento como prefeito do Recife.

Crédito: Acervo do IMA Fidel Castro e Miguel Arraes.

Crédito: Acervo do IMA - Fidel Castro e Miguel Arraes.

Crédito: Acervo do IMA Fildel Castro e Miguel Arraes.

Crédito: Acervo do IMA - Fildel Castro e Miguel Arraes.

Crédito: Acervo do IMA Formatura em Direito.

Crédito: Acervo do IMA - Formatura em Direito.

Crédito: Acervo do IMA Lula e Arraes em 1995 - Crédito: Acervo do IMA - Lula e Arraes em 1995 - Crédito: Acervo do IMA Miguel Arraes criança.

Crédito: Acervo do IMA - Miguel Arraes criança.

Crédito: Acervo do IMA Miguel Arraes no Exílio em 1979.

Crédito Acervo do IMA - Miguel Arraes no Exílio em 1979.

Crédito Acervo do IMA Na Argélia Arraes com Francisco Julião - Crédito - Acervo do IMA - Na Argélia Arraes com Francisco Julião - Crédito - Acervo do IMA Na Argelia em 1969.

Crédito Acervo do IMA - Na Argelia em 1969.

Crédito Acervo do IMA Na Argelia em reunião no jardim da casa.

Crédito: Acervo do IMA - Na Argelia em reunião no jardim da casa.

Crédito: Acervo do IMA Na embaixada da Argelia com o embaixador Tayebi-Taibi.

Crédito: Acervo do IMA - Na embaixada da Argelia com o embaixador Tayebi-Taibi.

Crédito: Acervo do IMA No Aeroporto do Rio de Janeiro.

Crédito: Acervo do IMA - No Aeroporto do Rio de Janeiro.

Crédito: Acervo do IMA População no comício de boas vindas em Santo Amaro.

Crédito: Acervo do IMA - População no comício de boas vindas em Santo Amaro.

Crédito: Acervo do IMA Posse do primeiro governo na Assembleia Crédito: Acervo do IMA - Posse do primeiro governo na Assembleia Crédito: Acervo do IMA Primeiro casamento com Celia de Souza.

Crédito: Acervo do IMA - Primeiro casamento com Celia de Souza.

Crédito: Acervo do IMA Santo Amaro em 1979 recebendo Arraes.

Crédito Acervo do IMA - Santo Amaro em 1979 recebendo Arraes.

Crédito Acervo do IMA Do mesmo espectro político, Jarbas e Arraes, até 1992, eram aliados históricos, embora tenham tido ruídos antes desse ano.

Se hoje o peemedebista é tido como um dos principais aliados do governo do afilhado político do ex-governador Eduardo Campos, Paulo Câmara (PSB), foi uma discordância em torno de “Dudu” que selou a separação final.

Quando Jarbas, em 1992, saiu candidato a prefeito do Recife, recebeu de Arraes a indicação de que precisaria contar com Eduardo, seu neto, na vice.

O que foi rejeitado.

LEIA MAIS: Centenário de Arraes: de menino tímido a “Pai Arraia” do povo pobre PSB chega rachado ao centenário e com família de Arraes brigada No entanto, como recorda o jornalista Ayrton Maciel, desde o começo que atritos apareceram na relação.

Ele se refere a 1982, quando o País passava pelo movimento de redemocratização e a pretensão de Arraes de sair candidato ao governo foi abortada.

Naquela época, era alegado o “simbolismo devolução” do mandato tirado pelos militares em 1964.

Porém, isso não estava nos planos de Jarbas, que, como presidente da legenda em Pernambuco, preferia lançar o senador Marcos Freire, um dos grandes nomes peemedebistas.

Em 1985, eles se reaproximaram com Jarbas disputando a Prefeitura do Recife pelo PSB de Arraes.

Um ano depois, Arraes seria eleito governador do Estado e como tal foi acusado pelos jarbistas de não ter apoiado a candidatura de Marcos Cunha.

Este foi indicado por Jarbas para sua sucessão na Prefeitura.

O ano era 1990 e agora era o peemedebista que tentava o Palácio das Princesas, sede do Executivo estadual.

Com a derrota para Joaquim Francisco (PFL), novamente o discurso de que Arraes não teria se envolvido na campanha foi usado.

Dois anos depois veio o “troco” com a recusa do nome de Eduardo para a vice na disputa pelo Recife.

A partir daí não voltariam a se aproximar politicamente.

Em 1996, Roberto Magalhães (PFL) foi eleito prefeito do Recife com o apoio de Jarbas, enquanto Arraes apoiou Roberto Freire (PPS).

Mas a maior derrota dos arraessistas , com mais de um milhão de votos de diferença, veio em 1998 quando Jarbas venceu e tirou a chance de Miguel Arraes de se reeleger governador.

O último encontro deles foi em 2005 pouco antes de Arraes falecer aos 88 anos no Hospital Esperança, no Recife.

Em 2010, coube ao neto de Arraes, Eduardo Campos, “devolver” a derrota sofrida pelo avô, vencendo Jarbas na disputa pelo Estado com uma diferença de mais de três milhões de votos.

Dois anos depois, em mais um movimento histórico, Jarbas leva o PMDB de volta para a Frente do Recife, liderada por Eduardo.

Olhando hoje para o passado, Jarbas ressalta que internamente sempre respeitou a figura de Miguel Arraes. “A conclusão que chego é que Arraes foi um político de dimensão nacional.

Foi essa a preocupação com os que mais precisavam que norteou a atuação de Arraes.

Sempre.

E isso, essa atenção dele junto ao povo mais carente, é o que mais me marcou em sua trajetória.

Nosso distanciamento se deu em função de discordâncias no campo político, o que é comum.

O respeito sempre existiu”, conclui.