O deputado estadual Diogo Moraes, do PSB, primeiro secretário da Assembleia Legislativa do Estado, disse ao Blog de Jamildo que está mantido o lançamento do livro que a casa está editando para homenagear a memória do ex-governador Miguel Arraes, ex-deputado estadual também.
Diogo Moraes revelou ainda que a historiadora Andrea Pinheiro, prima de Antônio Campos, foi indicada para realizar a pesquisa história por Ana Arraes e outros dois parentes, Maurício Arraes e Marcos Arraes.
Além do livro, a Alepe está programando realizar a entrega de medalhas a 15 personalidades ligadas a Arraes e o batismo do novo plenário com o nome do ex-governador. “As homenagens foram definidas em novembro do ano passado e estão mantidas.
O livro terá toda a passagem de Arraes pelo parlamento, em um alentado perfil parlamentar.
Suas ideias e o que elas influenciaram.
Trata-se de iniciativa importante porque, além de um registro histórico inédito, será enviado para as bibliotecas estaduais”.
Sobre o custo do livro, questionado pelo advogado Antônio Campos, Diogo Moraes disse que o projeto chegava aos R$ 1,7 milhão por incluir vários custos, entre eles a pesquisa histórica, não apenas impressão e papel.
Câmara Municipal do Recife O que não vai faltar é homenagens pelo centenário de nascimento do ex-governador Miguel Arraes.
Nesta quinta-feira, a Câmara Municipal do Recife realizará, a partir das 14h30, uma sessão solene no Plenário da casa.
A proposição é da vereadora Marília Arraes (PT).
Entre as presenças confirmadas estão a da viúva do ex-governador, Magdalena Arraes e do presidente do Instituto Miguel Arraes, o advogado Antônio Campos.
Também são aguardadas lideranças políticas de Pernambuco e de fora do estado, além de representantes da embaixada da Argélia, país onde o socialista morou durante o exílio, após ser deposto pelo golpe militar de 1964.
Homenagens em Brasília Em Brasília, nesta terça-feira, o governador Paulo Câmara participou da sessão solene conjunta do Congresso Nacional que celebrou o centenário do ex-governador Miguel Arraes.
A solenidade ocorreu no Plenário da Câmara dos Deputados.
Em seu discurso, Paulo Câmara destacou o que disse ser a atualidade das questões nacionais que Arraes combateu. “Não tive a sorte de conviver estreitamente com o sertanejo de poucas palavras que por três vezes governou o nosso Estado.
Mas os relatos que me chegaram dão conta de sua coerência, coragem, determinação e honestidade, ao lado da capacidade de manter sempre viva a esperança”, afirmou Paulo. “O que faria Miguel Arraes de Alencar?”.
A resposta que Arraes daria, segundo Paulo, seria buscar solução por meio da “união nacional”. “Arraes faz falta ao Brasil. o agravamento da crise econômica, social e ética e a radicalização política que dela decorre, exigem, para sua solução, lideranças testadas em contextos de grandes desafios”.
Para o governador, o maior legado deixado por Arraes foi o ensinamento de que “a gestão pública deve priorizar os mais pobres, compartilhar de suas dificuldades e lutar ao lado do povo”. À mesa no plenário da Câmara também estavam o prefeito do Recife, Geraldo Julio; a ministra do Tribunal de Contas da União, Ana Arraes, filha do homenageado; e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, além do deputado federal pernambucano Tadeu Alencar, que presidiu a sessão.
Entre os que discursaram, Carlos Siqueira, Tadeu Alencar, o ex-senador Pedro Simon, a deputada federal Luciana Santos e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
Acompanharam o governador em Brasília o chefe de Gabinete, João Campos, e o chefe da Assessoria Especial, José Neto.
O primogênito de Arraes, José Almino, que falou em nome dos familiares do ex-governador, abriu os discursos.
Ele relembrou que o pai chegou ao Rio de Janeiro, então Capital Federal, no começo dos anos 1930, aos 16 anos, para cursar a Faculdade de Direito.
Logo após o primeiro ano do curso, Arraes, natural do Crato, foi morar no Recife, a partir de onde se consagrou um dos políticos brasileiros.
Almino também recordou os tempos do exílio em Argel (capital da Argélia) e toda a trajetória política do pai. “No seu governo, (Arraes) procurou promover políticas que levassem em consideração os interesses e os problemas da população trabalhadora”, discursou Almino.
O advogado Antônio Campos, neto de Miguel Arraes, cujo centenário de nascimento é celebrado no próximo dia 15 de dezembro, também participou da inauguração da exposição fotográfica ‘Miguel Arraes 100 anos’, organizada pela Fundação João Mangabeira e pelo PSB Nacional, no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília. “Miguel Arraes foi um homem do mundo, que nunca perdeu as suas raízes nordestinas.
Foi o maior pensador estratégico de políticas para o Nordeste como um grande laboratório social”, disse Campos durante discurso em nome do Instituto Miguel Arraes – IMA, onde ele é o presidente do Conselho Deliberativo.
Em seguida, esteve na sessão solene promovida pelo Senado Federal junto com a Câmara dos Deputados para celebrar a memória do socialista, no mesmo local.