Deputado Joel da Harpa Uma cidade sitiada.
Milhares de militares do Exército, Marinha e Aeronáutica espalhados pela capital pernambucana com o suposto objetivo de evitar a deterioração da segurança da cidade.
O envio das forças de segurança foi solicitado pelo governador de Pernambuco, em resposta a luta dos policiais e bombeiros militares por valorização profissional e melhores condições de trabalho.
Não existe greve.
A “operação padrão” (só saem as ruas com todos os equipamentos de segurança em bom estado), o que na prática diminui o número de policiais nas ruas das cidades. É crime trabalhar na legalidade?
Na verdade, o pedido de socorro ao Governo Federal é um atestado de que o governo estadual não consegue mais cumprir suas funções na área de segurança pública.
Basta ouvir a população para saber que o Pacto pela Vida está falido, não funciona.
Os órgãos de segurança pública de Pernambuco estão agora sob o comando do General de Brigada Francisco Humberto Montenegro Junior, comandante da 10ª Brigada de Infantaria Motorizada.
O governador se esforça para fazer desse anúncio da presença das Forças Armadas como um fato positivo, a ser comemorado, mas não é preciso ser especialista no assunto para perceber que algo está errado.
Como parlamentar, me preocupa o resultado dessa atitude impensada por parte do Governo do Estado.
Afinal, quem está radicalizando?
Desde o início, o que as entidades representativas desejam é a retomada das negociações.
Há muito a ser discutido.
A ampla participação da tropa nas duas assembleias gerais realizadas mostra o tamanho da insatisfação dessa categoria que vem trabalhando no limite do humanamente possível.
O diálogo entre as duas partes é fundamental para a solução do problema que passa pela construção de um novo modelo de Segurança Pública, o resgate da auto estima da tropa com a reestruturação do Pacto pela Vida e um plano salarial condizente com os riscos inerentes à profissão.
Coerência, nesse momento, é a palavra de ordem.
Não é uma queda de braço.
O momento é de união em prol de um projeto maior cujo principal beneficiado será o povo pernambucano.
Juntos somos fortes!