Com Agência Brasil O Senado Federal entrou na manhã desta terça-feira (6) com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão do ministro Marco Aurélio, que nessa segunda-feira (5) afastou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo de presidente do Senado.

LEIA TAMBÉM » Após afastamento de Renan, Senado cancela reuniões » Sem Renan, projeto sobre abuso de autoridade deve sair da pauta O recurso depende de uma análise do próprio Marco Aurélio, que é o relator da ação que resultou no afastamento de Renan.

Caso o ministro não reveja sua decisão, o pedido da defesa pode ser levado ao plenário pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. » Renan Calheiros é afastado da presidência do Senado » Após afastamento de Renan, petista Jorge Viana assume presidência do Senado » Líder do PT diz que pauta do Senado deverá ser rediscutida com saída de Renan Em café da manhã com jornalistas, nesta terça-feira (6), Cármen Lúcia disse que dará prioridade à análise de um recurso contra o afastamento de Renan caso ele chegue a seu gabinete para ser pautado no plenário.

O questionamento sobre a possibilidade de Renan continuar no cargo mesmo enfrentando processo foi feito pela Rede Sustentabilidade nesse domingo (4), dia em que o peemedebista foi alvo de protestos em diversas cidades do País.

O partido argumentou que ele estava na linha sucessória da presidência, ou seja, poderia assumir em casos de viagens de Michel Temer (PMDB) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), por exemplo.

Renan virou réu por uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2013 acusando-o de usar notas fiscais para mascarar desvios de verba indenizatória do Senado para simular os contratos de prestação de serviços de locação de veículos entre janeiro e julho de 2005.

Na mesma ação, havia sido acusado de ter recebido propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira.

Em troca, teria tido despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa.

Na época, as denúncias levaram à renúncia do cargo de presidente do Senado.