Na agência Senado, os senadores do Partido dos Trabalhadores afirmaram nesta terça-feira (6) que o calendário de votações do Senado terá que ficar paralisado até à decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal sobre o afastamento do presidente da Casa, Renan Calheiros. “Não temos como votar nada, vamos ter que esperar.
A pauta toda, em especial a PEC 55, não vai ser apreciada na próxima semana”, disse Lindbergh Farias (PT-RJ).
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) a decisão do Supremo deve ser respeitada e só depois Renan Calheiros poderia recorrer.
Segundo ele, a posse de Jorge Viana deveria ter sido automática e a posição da Mesa do Senado apenas “cria uma confusão maior”. – Quem é o presidente do Senado agora?
O senador Jorge Viana ou senador Renan Calheiros?
Para mim é o senador Jorge Viana.
Acho que a decisão da Mesa aumenta o impasse político, a indefinição – avaliou.
Lindbergh ainda destacou que não haveria mais prazo hábil para a votação da PEC 55/2016 na próxima semana, pois as sessões deliberativas estão suspensas à espera da decisão do Plenário do Supremo. – Nós vamos defender isso até o final.
Nós temos argumentado com muita gente que essa crise é uma crise violentíssima; uma crise econômica, política e institucional.
Começamos a ter uma crise social e nós vamos bater nessa tecla que a PEC 55 não vai ser votada na próxima semana – concluiu. “Tomar qualquer decisão no que diz respeito a esses temas seria um grande equívoco.
Só vamos discutir qualquer coisa da pauta quando houver uma solução definitiva”, disse o líder Humberto Costa (PT-PE).
Para o líder do PT do Senado, Humberto Costa (PE), é importante que seja concedido um prazo regimental para defesa de Renan, enquanto se aguarda pela decisão do Plenário do STF. – Já que a decisão do Supremo vai ser tomada amanhã [QUARTA-FEIRA], eu acho que é uma medida de precaução bastante positiva – disse.
O senador ressaltou que a pauta de votações do Senado, especialmente da PEC 55/2016 que trata do teto dos gastos, não será discutida antes de uma definição acerca da situação de Renan. – [A pauta não será discutida] Enquanto não houver uma solução definitiva sobre quem é o presidente.
Se o presidente for o Renan, nós vamos insistir que não se vote.
Se não for Renan, nós vamos discutir nossa posição – afirmou.
A decisão da Mesa de manter Renan na Presidência também foi assinada pelo primeiro-vice-presidente da Casa, Jorge Viana, que é do PT.
Com Agência Senado