Um comunicado da Mesa do Senado informou no início da tarde desta terça-feira (6) que decidiu não aceitar afastamento imediado do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Com a decisão, abre-se um impasse entre os poderes.
Não deixa de ser uma peitada no Judiciário.
Nessa segunda-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu liminar à Rede Sustentabilidade e afastou o senador da presidência do Senado.
LEIA TAMBÉM » Senado entra com recurso no STF contra afastamento de Renan » Após afastamento de Renan, Senado cancela reuniões O partido alegou que o peemedebista é alvo de ação no STF.
Renan virou réu há uma semana por uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2013 acusando-o de usar notas fiscais para mascarar desvios de verba indenizatória do Senado para simular os contratos de prestação de serviços de locação de veículos entre janeiro e julho de 2005.
Na mesma ação, havia sido acusado de ter recebido propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira.
Em troca, teria tido despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem mantinha relacionamento extraconjugal, pagas pela empresa.
Na época, as denúncias levaram à renúncia do cargo de presidente do Senado. » Renan Calheiros é afastado da presidência do Senado » Após afastamento de Renan, petista Jorge Viana assume presidência do Senado » Líder do PT diz que pauta do Senado deverá ser rediscutida com saída de Renan Mais cedo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu que o pleno do STF decida em 24 horas sobre o afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros. “Não pode haver esse vácuo do poder a partir da liminar de um magistrado”, disse o tucano.
Pouco depois do meio-dia, Renan chegou à Casa.
Ele estava acompanhado do primeiro vice-presidente, Jorge Viana (PT-AC), que assumiria com o afastamento do peemedebista.
Na saída, o presidente do Senado concedeu entrevista coletiva em que fez duras críticas ao ministro Marco Aurélio Mello. “A democracia do Brasil não merece esse fim”, afirmou.
Renan ainda ressaltou que está a pouco dias de deixar o cargo. » Cármen Lúcia deixa em aberto chance de plenário votar na quarta-feira liminar sobre Renan » PT não fechou posição sobre suspender votação da PEC do Teto, diz líder No dia em que a liminar contra ele foi concedida, em nota, o senador afirmou que só irá se manifestar após conhecer oficialmente o inteiro teor do documento.
Porém, se recusou a assinar a notificação.
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