Com o petista Jorge Viana (PT-AC) assumindo a presidência do Senado no lugar de Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder dos petistas na Casa, Humberto Costa (PE) defendeu que a pauta do Congresso deverá ser rediscutida diante da situação extraordinária.
Costa afirmou que Viana será responsável e tranquilo no comando dos trabalhos.
O peemedebista foi afastado nesta segunda-feira (5) por decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello. “Vamos discutir com a nossa bancada e demais senadores como iremos tocar esse processo daqui para frente.
Sem dúvida, diante do que estamos vivendo, é necessário ter absoluta tranquilidade e cabeça fria e fazer uma defesa incondicional da democracia”, ressaltou Humberto.
LEIA TAMBÉM » Renan Calheiros é afastado da presidência do Senado » Após afastamento de Renan, petista Jorge Viana assume presidência do Senado O líder do PT ainda aproveitou para defender novas eleições. “A cada dia fica mais claro, para nós, que para sair dessa crise só há uma saída.
E essa saída é pela democracia, com a realização de eleições diretas para a Presidência da República”, disse.
Na avaliação de Humberto, a saída de Renan, embora provisória, reflete a instabilidade política no País. “Estamos tornando a nossa democracia extremamente instável”, afirmou o petista.
O senador ainda usou a decisão contra o alagoano para voltar a criticar o PMDB. “Isso tão somente representa a crise que estamos vivendo.
Aqueles que derrubaram a presidenta Dilma, conforme nós dizíamos, estavam apostando no pior e no caos”, afirmou o senador. “Agora, depois de seis meses de Michel Temer, tudo que estava ruim piorou sensivelmente.
O desemprego cresceu, o crescimento econômico não vem, a corrupção se alastrou e hoje o governo começa a perder a sua própria governabilidade.” A decisão do ministro tem caráter provisório e vale até que seja analisado pelos outros integrantes da Corte.
O pedido para afastar Renan foi da Rede Sustentabilidade, sob o argumento de que, ao tornar-se réu por peculato, o peemedebista não poderia estar na linha sucessória da presidência da República.