Foi um esquema realizado no sistema de coleta de lixo que levou o prefeito de Ribeirão, Romeu Jacobina de Figueiredo (PR), e três secretários municipais, à prisão na manhã desta quinta-feira (1º), dentro da operação “Terra Arrasada II”, da Polícia Civil de Pernambuco e do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Eles são suspeitos de envolvimento em crimes de responsabilidade, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e crime organizado com atuação na Prefeitura do município localizado na Mata Sul de Pernambuco. » Prefeito de Ribeirão é preso em operação da Polícia Civil De acordo com o procurador Ricardo Lapenda, a empresa fantasma era de um dos presos. “Ele trabalhava numa sala minúscula, num prédio na cidade de Ribeirão, e ficava com todo o dinheiro das licitações superfaturadas e contratava, através de um terceiro envolvido que se encontra preso, caçambas que faziam a coleta do lixo com um preço inferior”, explicou.
Armas foram apreendidas durante a operação.
Foto: Bobby Fabisak? / JC Imagem Ainda segundo Lapenda, o prejuízo para os cofres públicos na segunda fase da operação é de aproximadamente R$ 5 milhões.
O prefeito já havia sido afastado do cargo, em outubro, após decisão judicial, como desdobramento da Terra Arrasada I.
Outros auxiliares do gestor também foram afastados, na ocasião.
Além dos mandados contra o prefeito e os três secretários, foram cumpridos outros três mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco.
As investigações foram realizadas pelo MPPE, com o suporte do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Participaram do trabalho operacional 85 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.
A operação é supervisionada pela chefia da Polícia Civil, com o suporte da Diretoria de Inteligência (Dintel) e Coordenação de Planejamento Operacional (CPO).
Os presos e materiais apreendidos foram encaminhados ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri).