O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), pediu nesta quarta-feira, 30, à Polícia Federal que apure atos de vandalismo que destruíram o patrimônio do Ministério da Educação, em três andares, no início da noite dessa terça-feira, 29. “Um vandalismo como nunca vi na vida”, disse. “Mostrou que a intolerância e a violência têm sido a prática política de alguns grupos radicais, que a gente tem de enquadrar dentro daquilo que estabelece a lei brasileira”, disse Mendonça.
LEIA MAIS: » Prédio do Ministério da Educação é depredado durante protesto » Protesto contra PEC do Teto tem tumulto, carros virados e bombas em Brasília O ministro ressaltou que vai pedir a punição das entidades ligadas a partidos políticos de esquerda que, segundo ele, patrocinaram a invasão pelos seus seguidores.
Nesta quarta-feira, 30, de manhã, o ministro fez uma vistoria no prédio atingido pelo vandalismo, conversou com servidores e recebeu peritos da Polícia Federal e os delegados Marcelo Borsio e Osvaldo Gomide.
O MEC repassou à Polícia Federal imagens do circuito interno de TV, vídeos feitos por servidores e fotografias.
Servidores vítimas da violência foram liberados para prestar depoimentos à Polícia Federal.
Foto: MEC / Divulgação A sede do MEC foi invadida, na noite de terça-feira, por manifestantes mascarados.
De acordo com a assessoria do Ministério, alguns deles usavam camisas e portavam bandeiras de entidades como CUT, UNE, DCE UFRJ, Sinasefe e PCdoB, entre outras.
Os manifestantes atearam fogo em pneus e em lixo tóxico.
No saguão de entrada do prédio, no térreo, quebraram vidraças, câmeras de segurança e caixas eletrônicos.
Segundo a Polícia Militar, alguns usavam artefatos como coquetéis molotov. “As entidades e pessoas que foram parte desse processo de vandalismo serão responsabilizadas criminalmente porque isso não pode acontecer”, disse Mendonça Filho. “A destruição foi muito grande na parte externa do prédio e na parte interna do térreo e do primeiro andar.
Realmente um vandalismo.” Mendonça relatou que centenas de servidores viveram momentos de terror. “Alguns chegaram a perder o controle.
Imagine um prédio como esse, com centenas de funcionários trabalhando, sendo invadido por um grupo de mascarados com pedaços de pau, ferro, bancos”, afirmou. “Poderia ter acontecido uma tragédia pior ainda, envolvendo pessoas.
Felizmente a tragédia se limitou, nesse aspecto, à questão material, que deve ser cobrada daqueles que têm responsabilidade direta na organização do protesto, sejam pessoas ou entidades por trás dessas pessoas.” Foto: Cortesia - Foto: Cortesia Foto: Cortesia - Foto: Cortesia Foto: Cortesia - Foto: Cortesia Foto: Cortesia - Foto: Cortesia Em avaliação preliminar, foi identificada a destruição de 38 placas de vidro da fachada do prédio, cada uma com 5 metros quadrados, espelhos de fachadas e de elevadores, revestimentos de paredes, divisórias de madeira e de vidro, computadores, câmeras de segurança, balcões de vidro da entrada do prédio, televisores, além de cinco caixas eletrônicos.
Ainda de acordo com o ministro, os manifestantes roubaram extintores de incêndio, cadeiras, bancos e computadores e depredaram um carro oficial. “Qualquer protesto tem de ser assegurado dentro do espírito democrático”, disse o ministro. “As pessoas podem se posicionar e expressar seu posicionamento sem agredir o outro e sem que isso seja traduzido em atos de violência e depredação do patrimônio público, como ocorreu aqui no MEC.” » Senadora Kátia Abreu faz compras enquanto Senado discute PEC 55 Além da fachada externa e do térreo, os manifestantes subiram até o segundo andar do prédio e destruíram instalações da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) e parte da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).
De acordo com o ministro, o MEC vai funcionar normalmente nesta quarta-feira. “Temos de encarar isso como uma etapa negativa que ocorreu, mas não podemos, de forma alguma, nos intimidar”, afirmou. “Vou continuar trabalhando.
Trabalhei ontem (terça, 29) até 21h no prédio, pedi garantias à Polícia Militar do Distrito Federal, que enviou a tropa de choque para expulsar os invasores, repelir as agressões e garantir o direito ao trabalho dos servidores públicos que estavam aqui.
Vamos continuar trabalhando, prestando o nosso serviço à sociedade brasileira.”