Agência Brasil e Estadão Conteúdo - Confusão marca o protesto de estudantes contra a Proposta de Emenda à Constituição 55/2016, a PEC do Teto, que está sendo votada nesta terça-feira (29) no Senado.
A organização estima a participação de 15 mil pessoas, já a Polícia Militar do Distrito Federal diz que cerca de 10 mil participam do ato.
O grupo grita palavras de ordem como “Fora Temer” e “Diretas Já”.
Apesar do tumulto, votação está mantida.
LEIA TAMBÉM » Líder do PT reconhece derrota na PEC do Teto e diz que vai ao STF » Jucá diz que PEC do teto deve ter votação maior que do impeachment O grupo reuniu-se no Museu Nacional e caminhou até a frente do Congresso Nacional.
Os manifestantes viraram dois carros que estavam estacionados em frente ao edifício.
Um dos veículos é da Record TV e o outro pertence à família de um policial legislativo que trabalha na Câmara.
Os carros tiveram vidros quebrados e partes externas danificadas.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Nesse momento, o conflito se intensificou e a Polícia Militar jogou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para dispersá-los.
Com a ação da polícia, o grupo caminhou em direção à Esplanada dos Ministérios.
Além dos policiais, também há helicóptero da política do Distrito Federal na região.
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Foto: Wilson Dias/Agência Brasil - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil Após a PM dispersar o protesto de estudantes que ocupavam o gramado em frente ao Congresso, os manifestantes seguiram pela Esplanada dos Ministérios em direção ao Museu Nacional.
Durante o percurso, a polícia seguiu “empurrando” os manifestantes em direção à Rodoviária de Brasília em uma tentativa de dispersar o grupo.
Bombas de gás lacrimogênio foram disparadas e um carro que estava estacionado em frente à Catedral Metropolitana foi incendiado.
O Corpo de Bombeiros está no local para apagar o fogo do carro e das barricadas que tinham sido montadas pelos manifestantes.
Durante o percurso, os estudantes derrubaram banheiros químicos que estavam no trajeto e tentaram bloquear a pista, que foram desmontadas pela polícia.
O trânsito no local está interrompido.
O coronel Julian Fontes, que está a frente da operação, disse que a ordem é que a PM proteja o patrimônio.
O carro de som que acompanhava o protesto pedia para a polícia que parasse de jogar bombas e que a manifestação pudesse permanecer em frente ao museu, de onde havia partido.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Após a confusão, um grupo de deputados e senadores deixou o Congresso para acompanhar a manifestação.
Entre os parlamentares estavam o deputado Pepe Vargas, que foi ministro dos Direitos Humanos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). “Está perto de acontecer uma tragédia”, disse o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).
Ele contou que esteve fora do Congresso e pediu para que haja uma intervenção da presidência da Câmara para que a ofensiva da polícia pare.
Pela estimativa da polícia, cerca de 10 mil pessoas participam do protesto.
Os estudantes organizaram caravanas para ir a Brasília, com mais de 300 ônibus.
Antes de caminhar até o Congresso, eles fizeram um ato em frente ao Ministério da Educação (MEC).
Além da PEC do Teto, o grupo protesta contra a Medida Provisória 746/2016, que estabelece a reforma do ensino médio, e o Projeto de Lei da Escola sem Partido.
O ato em Brasília é organizado por entidades estudantis e educacionais, entre elas a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG).