Com dezenas de políticos entre os citados nos depoimentos do acordo de delação premiada dos executivos da Odebrecht, o presidente Michel Temer (PMDB) reconheceu que há preocupação do governo com a lista neste domingo (27), em entrevista coletiva para anunciar o acordo para impedir a tramitação da anistia ao caixa dois.
Temer afirmou que seria “ingênuo” se não houvesse preocupação com as consequências da delação, que podem desestabilizar o governo.
LEIA TAMBÉM » Ex-gerente da Refinaria Abreu e Lima relata propina da Odebrecht » Executivos da Odebrecht começam a assinar acordos de delação premiada » Petrobras estima em R$ 7 bi desvios com a Odebrecht Os quase 80 executivos da Odebrecht começaram a assinar o acordo com o Ministério Público Federal (MPF), no âmbito da Operação Lava Jato, essa semana. » Acordo de delação premiada prevê prisão só para Marcelo Odebrecht » Paulo Câmara é investigado no STF por irregularidades na Arena, diz IstoÉ » Paulo Câmara e Geraldo Julio negam fraude em licitação da Arena; FBC desconhece inquérito Depois da assinatura, começam os depoimentos para confirmar o que foi informado nos termos de confidencialidade.
A previsão é que essa fase dure mais de um mês e que os acordos só sejam enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), para homologação, em 2017.
Cada um dos executivos terá que prestar depoimento individualmente.