O presidente Michel Temer (PMDB) voltou a criticar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero neste domingo (27), em coletiva de imprensa que convocou para anunciar o acordo para evitar a tramitação da anistia ao caixa dois.

Além disso, o peemedebista defendeu que, se houver uma gravação da conversa entre ele e Calero, que seja divulgada.

LEIA TAMBÉM » Em nota, Calero alfineta Planalto: “Cumpri minha obrigação como cidadão” » Temer nega ter pressionado Calero e se diz surpreso com suposta gravação Calero pediu demissão há uma semana e acusou o agora ex-ministro da Secretaria do Governo, Geddel Vieira Lima, que renunciou após a crise, de tentar interferir na liberação de um empreendimento do seu interesse em Salvador pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). À Polícia Federal, o ex-titular da Cultura afirmou que Temer também o teria pressionado.

Uma suposta gravação que Calero teria feito passou a preocupar o Planalto. “Eu acho de uma indignidade absoluta alguém meter um gravador no bolso e conversar com outra”, afirmou Temer. “E, segundo, convenhamos gravar o presidente da República é muito serio.” O presidente afirmou que, depois do episódio, está pensando em solicitar ao gabinete de Segurança Institucional que registre todas as suas audiências. » Saída de Geddel foi articulada para salvar o governo » Renúncia de Geddel não interrompe processo na Comissão de Ética Ao divulgar nota sobre a renúncia de Calero, a comunicação do Palácio do Planalto já havia feito críticas a Calero, que respondeu também subindo o tom contra o governo.

Para o lugar de Calero, Temer nomeou o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP).

Porém, o substituto de Geddel, que é seu amigo há mais de 30 anos, ainda não foi anunciado.

O peemedebista afirmou que está analisando cautelosamente o nome. “O perfil será de alguém com lisura absoluta na sua conduta e com articulação com o congresso”, disse.