O senador Lindbergh Faria (PT-RJ) afirmou, nesta sexta-feira (25), que parlamentares da oposição deverão formalizar na próxima segunda-feira (28) um pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB).
De acordo com o parlamentar, o pedido se justifica pela afirmação do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que Temer teria interferido em favor de demanda particular do ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria-Geral de Governo, para viabilizar a construção de um edifico em Salvador (BA).
Durante o pronunciamento, ao saber que Geddel Vieira Lima havia se demitido, o senador disse considerar que a atitude não estanca a crise política, nem anula a motivação para o pedido de impeachment de Temer. “Estamos trabalhando com nossa assessoria jurídica, construindo uma peça de pedido de impeachment do presidente da República, que deve estar pronta até segunda-feira.
Falei com a líder da oposição na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que está conversando com movimentos sociais e com personalidades da sociedade civil, para ver quem vai assinar esse pedido de impeachment”, disse.
Para Lindbergh, o pedido de impedimento deve ser apresentado por ser inadmissível que Temer tenha se valido da instituição Presidência da República para pressionar um ministro. “Esse é um caso claro de crime de responsabilidade, de advocacia administrativa, de trafico de influência.
Se o presidente Michel Temer fez isso com um ministro da Cultura, para intervir num empreendimento imobiliário na Bahia, fico a pensar nos outros ministérios.
O que estaria acontecendo com o pré-sal, que envolve multinacionais petroleiras?”, questionou.
Lindbergh informou ainda que a oposição também deverá dar entrada a um pedido para que Temer seja julgado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por infração penal comum.