Após ter sido acusado de ter pressionado o ex-titular do Ministério da Cultura para liberar uma obra em Salvador, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, entregou na manhã desta sexta-feira (25) uma carta de demissão ao presidente Michel Temer (PMDB).
A turbulência política provocada pela denúncia chegou ao gabinete de Temer nessa quinta (24) quando veio à tona o teor do depoimento prestado nesta semana pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal (PF).
O ex-ministro da Cultura apontou pressão do presidente Michel Temer para resolver a liberação do empreendimento imobiliário em Salvador Geddel comprou um apartamento. » PSOL pedirá impeachment de Temer por crime de responsabilidade A oposição na Câmara disse na noite dessa quinta, que o depoimento de Marcelo Calero à PF é caso para impeachment.
O vice-líder do PT, deputado Paulo Pimenta (RS), vê desvio de finalidade, uso do cargo de presidente da República para objetivos privados e crime de responsabilidade. “Isso é passível de impeachment”, declarou.
O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, confirmou que Temer conversou com Calero sobre o pedido de Geddel, mas negou pressão sobre o ex-ministro.
Segundo Parola, o presidente “sempre endossou caminhos técnicos para solução de licenças em obras ou ações de governo”.
O ex-ministro da Cultura, que pediu demissão na última sexta (18).
Geddel é o sexto ministro que sai do governo Temer.
Antes dele saíram o próprio Calero (Cultura), Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Fábio Medina Osório (Advocacia Geral da União).