O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), usou sua fala no lançamento do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross), em São Paulo, nesta quinta-feira (24), para reclamar dos repasses federais para a saúde.
O socialista afirmou que as obrigações de estados e municípios aumentaram nos últimos anos, mas não houve compensação financeira da União. “A saúde pública é um dos maiores desafios brasileiros.
Eu não tenho dúvida de que os Estados e municípios brasileiros, com o passar dos anos, assumiram uma responsabilidade enorme com a saúde sem ter a contrapartida necessária de recursos. É só ver hoje o subfinanciamento do SUS (Sistema Único de Saúde) e o que se gasta nos Estados e municípios com saúde pública”, queixou-se Paulo Câmara aos participantes do evento.
O governador destacou que 15,46% do orçamento estadual vão para a saúde, o que equivale a R$ 4,394 bilhões.
LEIA TAMBÉM » PSB quer ter candidato à Presidência em 2018, reafirma Paulo Câmara » Governadores fazem acordo com Temer por R$ 5,3 bilhões da repatriação Parte desses recursos vão para as organizações sociais, modelo adotado em Pernambuco há 11 anos.
Hoje, 31 unidades são administradas por elas, sendo sete hospitais, nove UPAEs e 15 UPAs.
Além disso, metade das residências médicas são feitas por elas.
Ao julgar as contas do último ano de gestão de Eduardo Campos (PSB), quando Paulo Câmara era secretário da Fazenda, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) recomendou auditorias especiais para fiscalizar os repasses para essas instituições.
Além de Paulo Câmara, participaram do evento das organizações sociais os governadores Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Marconi Perillo (PSDB-GO).