Antes de serem discutidos e votados, os projetos de lei sobre os planos de cargos e carreiras de policiais civis e delegados enviados pelo governador Paulo Câmara (PSB) para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nessa terça-feira (22) já provocaram polêmica no plenário nesta quinta-feira (24).

No mesmo dia em que representantes das duas categorias foram à Casa para pedir aos parlamentares sobre a aprovação das matérias, Joel da Harpa (PTN) questionou a disparidade entre as remunerações dos delegados e dos oficiais da Polícia Militar.

LEIA TAMBÉM » Acaba greve da Polícia Civil menos de 24 horas depois de começar » Oposição diz que greve da Polícia Civil “é reflexo do descaso do governo Paulo Câmara” A proposta é que um delegado em início de carreira receba R$ 9 mil e no fim R$ 26 mil.

O parlamentar frisou que a remuneração dos coronéis é de R$ 13 mil. “Os oficiais da PM elaboraram uma pauta de reivindicações e vão se reunir com representantes da Secretaria de Defesa Social para tratar do tema”, afirmou Joel da Harpa, que foi um dos líderes da greve da Polícia Militar há dois anos. » Delegados comemoram queda de Alessandro Carvalho e pedem diálogo ao novo secretário » Delegados reclamam de propaganda do Governo de Pernambuco sobre segurança O governista Aluísio Lessa (PSB) respondeu ao oposicionista. “As atribuições de delegados e coronéis são diferentes, portanto, as remunerações das duas categorias não podem ser iguais”, disse.

O socialista ressaltou ainda que o projeto de lei de Paulo Câmara cumpre a determinação da Justiça.

De acordo com o parlamentar, o reajuste dos salários dos delegados é resultado de uma ação judicial provocada pela categoria e julgada favoravelmente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As duas propostas - para policiais e delegados - tramitam em regime de urgência.