Com informações da Folha de S.

Paulo e da Estadão Conteúdo O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (24) que foi pressionado pelo presidente Michel Temer (PMDB) para encontrar uma saída sobre a liberação da obra de interesse do ministro da secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de acordo com o jornal Folha de S.

Paulo.

O caso Geddel provocou a saída de Calero do governo.

Segundo a PF, a documentação foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por investigar o eventual cometimento de crimes por pessoas com prerrogativa de foro.

LEIA TAMBÉM » ‘Caso claro de corrupção’, afirma Marcelo Calero » Fora do governo, Calero acusa Geddel de pressioná-lo para liberar obra Calero relatou que Geddel o procurou insistentemente nos últimos meses para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), subordinado à pasta, autorizasse a construção de um condomínio com altura acima do permitido em região considerada patrimônio histórico de Salvador.

Antes, Calero havia afirmado ter levado a questão a Temer, que teria desautorizado o ministro.

Agora, no depoimento Calero disse que na reunião Temer disse que a negativa do Iphan para a obra havia criado dificuldades no gabinete e deixado Geddel irritado.

A saída que o ex-ministro teria que encontrar foi para que o caso chegasse à Advocacia-Geral da União (AGU), que teria uma solução.

Calero relatou ainda que no fim da conversa o presidente disse que a política tem “dessas coisas, esse tipo de pressão”.