Os acordos de delação premiada de executivos da Odebrecht começaram a ser assinados nesta quarta-feira (23) com o Ministério Público Federal (MPF), de acordo com a TV Globo.

Setenta e oito devem assinar.

A delação é considerada uma das que têm maior impacto por citar nomes de dezenas de políticos.

LEIA TAMBÉM » Petrobras estima em R$ 7 bi desvios com a Odebrecht » Dilma Rousseff é citada 18 vezes na delação de Odebrecht, diz IstoÉ » Acordo de delação premiada prevê prisão só para Marcelo Odebrecht Depois da assinatura, começam os depoimentos para confirmar o que foi informado nos termos de confidencialidade.

A previsão é que essa fase dure mais de um mês e que os acordos só sejam enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), para homologação, em 2017.

Cada um dos executivos terá que prestar depoimento individualmente. » Paulo Câmara é investigado no STF por irregularidades na Arena, diz IstoÉ » Paulo Câmara e Geraldo Julio negam fraude em licitação da Arena; FBC desconhece inquérito Entre os executivos pode ter assinado o acordo está João Antônio Pacífico, superintendente da Odebrecht no Nordeste.

Pacífico esteve envolvido em doações a políticos pernambucanos, de acordo com a revista IstoÉ.

O executivo foi mencionado em um e-mail da empresa, que revelou o ‘setor de propinas’. » Odebrecht diz que caixa 2 de José Serra foi pago em conta na Suíça » Palocci era interlocutor da Odebrecht, diz Lava Jato » PF diz que ‘Amigo’ em planilhas de propinas da Odebrecht se referia a Lula As denúncias capitaneadas por Marcelo Odebrecht deverão revelar a atuação de empresas, políticos, partidos e agentes públicos em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro em negócios com o governo federal e que são ainda desconhecidos pela Justiça.

As irregularidades deverão ser em obras de aeroportos, rodovias, metrôs, usinas de energia, estádios da Copa, contratos nos setores petroquímico, saneamento e defesa, negócios com fundos de pensão e operações com o BNDES, prometendo dar nova dimensão ao escândalo Petrobras.

Até agora a Lava Jato já identificou R$ 6,4 bilhões em esquemas de corrupção na Petrobras.