Após o término das eleições municipais, políticos e personalidades devem dar prioridade à manobras que visam a disputa pela Presidência da República em 2018. É certo que as articulações devem ser reforçadas ao longo de 2017 e novas alianças podem surgir, mas isso não impede que políticos já se coloquem como pré-candidatos.

O deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), são nomes que claramente já estão focados na disputa pela cadeira de presidente do Brasil.

Sendo assim, o Blog selecionou alguns destaques relacionados aos possíveis candidatos à Presidência; confira: Lula Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula Mesmo desgastado pelas investigações da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é o maior nome do Partido dos Trabalhadores (PT).

Em entrevista recente concedida ao comunicador Geraldo Freire, da Rádio Jornal, o petista afirmou que não será candidato em 2018, caso “o País dê certo”.

Pesquisa CNT/MDA, divulgada em outubro passado, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra a liderança do petista na intenção de voto para eleição presidencial de 2018, tanto na intenção espontânea quanto na intenção de voto estimulada nos cenários para o primeiro turno.

Entretanto, o PT de Lula aparece como o partido mais rejeitado, escolhido por 32,9% como o que não seria votado jamais. » “Denúncia visa tirar Lula do cenário político em 2018”, diz defesa Em setembro, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que não há alternativa dentro do partido ao nome do ex-presidente para disputar a Presidência em 2018.

Falcão afirma que a denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Lula, por suposta corrupção e lavagem de dinheiro, é “um golpe continuado com objetivo de interditar o Lula e proscrever o PT e a esquerda”.

Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente disse que a denúncia oferecida contra Lula “é política e tem o objetivo de evitar que ele se candidate à Presidência nas eleições de 2018”.

Bolsonaro Foto: Marcos Oliveira/Blog de Jamildo Envolvido em polêmicas, o deputado federal Jair Bolsonaro tomou ainda mais gosto pela disputa presidencial após a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos.

Ele acredita que após o enfraquecimento da esquerda no País, alcançado pela derrocada do PT, candidatos de direita devem ganhar força.

O parlamentar parabenizou Trump por ter sido eleito e relacionou o resultado nos EUA com o Brasil. “Vence aquele que lutou contra ‘tudo e todos’.

Em 2018 será o Brasil no mesmo caminho”, disse. » Bolsonaro parabeniza Trump: ‘em 2018, será o Brasil no mesmo caminho’ Já pré-candidato a presidente, Bolsonaro revela a dois anos das eleições que vai trocar o PSC por um partido maior.

Ele afirmou que está sendo assediado. “No momento eu sou uma loira bastante bonita no Congresso”.

O deputado não revelou para que partido quer migrar, mas falou sobre seus interesses na nova legenda. “Algum partido que tenha tempo de televisão, pelo menos dois minutos, e que tenha um compromisso”, disse.

Na mesma pesquisa CNT/MDA que apontou Lula na liderança da intenção de voto espontânea, com 11,4% dos entrevistados, Jair Bolsonaro apareceu em segundo com 3,3%, seguido por Aécio Neves (PSDB), com 3,1%.

PSDB Foto: Reprodução / Twitter O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), deve enfrentar uma disputa interna no partido antes de pensar em 2018.

Isto porque o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vem se fortalecendo dentro do ninho tucano.

Aécio, que perdeu a disputa em 2014 para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), afirmou no mês passado que vê com bons olhos a adoção de prévias no PSDB para a escolha do candidato a presidente da República em 2018. “A prévia é um belo caminho e pode revitalizar o partido”, afirmou o mineiro.

O tucano lembrou que a adoção das prévias pode ser solicitada por qualquer membro interessado na disputa. “O candidato do PSDB [à Presidência] será aquele que tiver mais condições de unificar a legenda em todo o País”, disse.

A dois anos da eleição para presidente, o tema é assunto recorrente no PSDB e tomou corpo após a vitória de João Doria na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Apadrinhado político de Alckmin, o prefeito eleito defende a pré-candidatura do governador à Presidência.

Apontado por analistas como o nome que, pela vitória de aliados, sai mais fortalecido das eleições municipais Geraldo Alckmin vem se esquivando do assunto e diz que a “corrida à Presidência da República não está na agenda política no momento”.

Além de Alckmin, e do próprio Aécio, candidato em 2014 por aclamação e não por eleição interna do PSDB, o partido conta ainda com defensores do nome de José Serra, atual ministro das Relações Exteriores do governo de Michel Temer (PMDB), para a eleição de 2018.

Ciro Gomes Foto: Reprodução / Agência PT Diante da incerteza quanto à candidatura do ex-presidente Lula em 2018, o grupo político do ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) já negocia com governadores petistas a migração deles para outros partidos que integram seu projeto de ser presidente do País. » “Candidatura de Ciro é irreversível”, diz presidente do PDT A negociação está mais avançada no Ceará, Estado de Ciro e em cuja capital, Fortaleza, ele conseguiu eleger neste domingo, 30, o seu candidato, Roberto Cláudio (PDT).

No primeiro turno, a candidata do PT, a ex-prefeita Luizianne Lins (PT), teve 15% dos votos e nem sequer chegou ao segundo turno.

Em entrevista recente, o ex-governador disse que vai pensar “cem vezes” antes de decidir se será candidato. “Eu cumprirei a tarefa que o PDT me der, mas vou pensar cem vezes antes de decidir a candidatura à presidência da República.

Porque o que espera uma candidatura de um homem como eu, que pensa o que penso, que fala o que eu falo, e confronta os poderes que tenho confrontado ao longo da minha vida, é praticamente uma tarefa inumana”, disse Ciro Gomes.

PSB Foto: PSB / Divulgação Passados dois anos da morte traumática do ex-governador Eduardo Campos, o PSB ainda busca um sucessor político para seu ex-líder nacional, que era tido como esperança de o partido chegar à Presidência de República. » PSB descarta apoiar candidato ligado a Temer em 2018 » PSB quer ter candidato à Presidência em 2018, reafirma Paulo Câmara Ainda assim, em entrevistas recentes, os socialistas defendem uma candidatura própria em 2018.

Herdeiro político de Eduardo Campos, o governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, defendeu que o partido tem de pensar em crescer. “Acho que o PSB tem de pensar em crescer, ter candidatura própria, se possível, em fortalecer palanques estaduais.

São Paulo é uma prioridade para 2018”, explicou.

Entre os que defendem uma candidatura própria, estão o prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio, e o deputado federal, Danilo Cabral.

Justus Foto: Divulgação No embalo de empresários que têm deixado o mundo dos negócios para entrar na política, o empresário Roberto Justus disse, nesta segunda-feira, 21, que passou a considerar a possibilidade de ser candidato à Presidência da República nas eleições de 2018.

Justus participou nesta segunda-feira do encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, realizado no Palácio do Planalto, com o presidente Michel Temer e outros 95 integrantes do Conselhão.

Depois de deixar o encontro, Justus disse à reportagem que jamais tinha avaliado a possibilidade de ser candidato, mas que esse caminho já não é mais tão estranho assim. “Quem sabe, não é?

Se eu me candidatar…”, comentou, sorrindo. “Eu nunca tinha pensado, mas agora eu comecei a pensar na possibilidade, mas não é nada ainda definido”.

Questionado sobre filiação partidária, Justus disse que ainda não há nada em mente. “Não tenho nenhuma filiação.

Aliás, não tenho nenhuma identificação com partido nenhum no Brasil”, disse.

Com ou sem partido, o empresário fez questão de deixar claro seu interesse em entrar no mundo da política. “Tenho pensado.

Acho que todos nós, empresários, pessoas da sociedade, temos que pensar em ajudar o País de alguma forma, não sei se é sendo candidato a presidente ou não, mas é estar mais próximo do governo”, comentou. “Estar participando desse Conselho já é um primeiro passo", ressaltou.

Barbosa Foto: Nelson Jr./ STF O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa não descarta a possibilidade de disputar a Presidência da República em 2018. “Sou um homem livre, muito livre”, declarou Barbosa.

O ministro participou nesta quarta-feira (9) de uma homenagem ao ex-ministro da Corte Cezar Peluso no STF. » Joaquim Barbosa critica impeachment e Michel Temer