Estadão Conteúdo - O Partido da República (PR) decidiu expulsar a deputada federal Clarissa Garotinho (RJ), filha do ex-governador preso na semana passada, Anthony Garotinho.

Clarissa era alvo de processo de expulsão do PR por ter votado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos públicos, contrariando decisão do partido de fechar questão para que todos os seus parlamentares votassem a favor da medida.

LEIA TAMBÉM » Ministra do TSE tira Garotinho de Bangu » Garotinho ofereceu suborno para tentar evitar prisão, diz procuradoria » Garotinho se recusa a ir para Bangu e cria tumulto, mas é transferido Em comunicado assinado pelo presidente da sigla, Antonio Carlos Rodrigues, o ex-senador informou que a Comissão Nacional Executiva se reuniu no dia 17 deste mês e deliberou pela expulsão da deputada. “Notificamos Vossa Excelência que a partir desta data será promovido seu desligamento do quadro de filiados ao Partido da República”, diz a mensagem encaminhada a parlamentar.

Clarissa é filha do ex-governador do Rio Anthony Garotinho (Foto: Foto: Inácio Teixeira/Divulgação) A expulsão coincide com a tentativa do partido de se distanciar do episódio envolvendo a prisão de Garotinho, acusado de compra de votos.

Na quarta-feira (16), a sigla divulgou um comunicado dizendo que não comentaria a prisão do ex-governador na “Operação Chequinho.” Garotinho foi líder da bancada do PR até 2014. » Garotinho é o ‘prefeito de fato de Campos’, diz juiz » Preso pela PF, Garotinho é alvo de investigação sobre compra de votos » Leia a nota divulgada pelo PR sobre a expulsão de Clarissa Garotinho: “A Executiva Nacional do Partido da República decidiu, por unanimidade, acatar às recomendações propostas pelo Conselho de Ética da legenda, no processo disciplinar que pune a desobediência de parlamentares ao fechamento de questão do partido à PEC 241, nos termos previstos pelo Estatuto do Partido da República.

A decisão prevê, em caráter irrevogável, a expulsão da deputada fluminense Clarissa Garotinho, além da suspensão para os deputados Silas Freire (PI) e Zenaide Maia (RN), por 9 e 12 meses respectivamente (que impede os mesmos de assumirem o cargo de Líder da bancada).

A punição da deputada Clarissa Garotinho não ficou restrita à suspensão por agravantes que levaram seu caso a uma esfera além do flagrante de desobediência ao fechamento de questão. » Humberto Costa e outros senadores da oposição vão ao STF contra a PEC do Teto » Em jantar sobre PEC do Teto, Temer diz que combate à crise não tem “medidas doces” » Ibope diz que 72% aprovam reforma do ensino médio e 59% são a favor da PEC do Teto ‘Mesmo depois de ser comunicada da abertura do processo disciplinar, (Clarissa) divulgou nota oficial que desrespeita um colega de bancada e descarta a natureza democrática do PR’, esclareceu em seu voto o relator do processo de Clarissa Garotinho no Conselho de ética, Sr.

Benedito de Freitas que, inclusive, apresenta a NOTA à imprensa assinada pela deputada como prova. ‘Ora, não se pode atribuir inspiração democrática a uma manifestação que, além de vulgarizar uma posição a ser obedecida por toda bancada do PR, pretende desmoralizar a natureza de uma decisão do mais alto colegiado do Partido’, concluiu.

As recomendações propostas pelo relator e aprovadas pelo Conselho de ética do PR foram integralmente acatadas unanimidade dos membros da Executiva Nacional da legenda, a quem cabe a última palavra sobre o assunto.”