Durante evento na na Confederação Israelita do Brasil (Conib), na manhã deste domingo (20), o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), defendeu uma melhor formação para professores e uma base nacional comum curricular “que tenha pluralidade e amplitude de ideias”.

De acordo com o ministro, a base nacional comum curricular já mobiliza professores, especialistas e alunos e precisa estar “conectada com o que acontece no mundo”. “Precisamos nos unir para colocar a educação como prioridade pra transformar o Brasil”, destacou.

Sobre a polêmica envolvendo a reforma no Ensino Médio, Mendonça Filho afirmou que a sociedade está debatendo a pauta. “Colocamos a discussão sobre o ensino médio nas primeiras páginas dos jornais e o Brasil está debatendo educação.

Isso é fundamental”, disse.

Ainda de acordo com o ministro, “o novo ensino médio propõe que o jovem tenha a opção de definir seu itinerário formativo.

E, se desejar, concluir com formação técnica”.

Enviado ao Congresso, a MP 746 (Medida Provisória) de 2016, que prevê a reforma do ensino médio apresentada pelo próprio Mendonça Filho vem sendo alvo de protesto por estudantes e criticado por professores acadêmicos.

Para o professor da USP (Universidade de São Paulo) e ex-ministro da Educação do governo Dilma Rousseff, Renato Janine, o aluno será mais prejudicado porque terá menos opções e a escola pode não oferecer vários dos cinco percursos formativos definidos. “Aquele jovem que tem um talento maior para a matemática, por que ele não pode se aprofundar mais ainda em matemática?

O jovem que tem grande talento em artes, por que não pode se aprofundar mais ainda com as artes?

Por que ele não pode, nas [ciências] humanas, se aprofundar mais ainda no estudo da filosofia, da sociologia ou da história? ”, argumenta.

A proposta muda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para instituir nas escolas de Ensino Médio em tempo integral a flexibilização curricular.

O assunto gerou polêmica quando o governo anunciou que acabaria com a imposição de disciplinas como sociologia, filosofia, educação física e artes.

Por enquanto, essas disciplinas continuam obrigatórias nos currículos.