Estadão Conteúdo - A prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral provocou no Planalto a sensação de que a Lava Jato agora mira no PMDB e pode chegar muito perto de auxiliares do presidente Michel Temer.
O receio do governo é mais com o que está por vir - na esteira da delação do empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 em Curitiba - do que com o que foi revelado até hoje pelos investigadores.
LEIA MAIS: » Cabral é recebido em Bangu por grupo com espumante e fogos » Sérgio Cabral é preso e os internautas não perdoam: “516 anos depois”; veja os memes Embora Cabral não seja do grupo político de Temer, sempre foi um nome de peso no PMDB.
Causa apreensão no Planalto, ainda, a proximidade do ex-governador com o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, e também com Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio e pai do ministro do Esporte, Leonardo Picciani.
O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, afirmou que Temer confia plenamente em Moreira, outro ex-governador do Rio.
Antes mesmo de ser preso, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) repetiu que Moreira “não resiste” a uma investigação.
Questionado sobre a prisão de Cabral, Moreira não quis comentar o assunto.
Truculência A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgaram nota nesta quinta-feira, 17, criticando a “truculência” de agentes da Polícia Federal contra repórteres da TV Globo e da GloboNews que cobriam a prisão de Sérgio Cabral.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.