Estadão Conteúdo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, evitou comentar a manifestação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que disse ver um “pacto quase diabólico” entre Polícia, Justiça e Ministério Público na Operação Lava Jato.
Ao ser questionado sobre a fala do petista, Janot fez um breve comentário sobre a liberdade de manifestação e concluiu: “O que posso dizer é que eu não sou religioso”. “Nós vivemos num País livre, onde o direito de crítica e de manifestação é assegurado na constituição.
Eu não tenho que me referir ao que ele disse.
Ele tem todo direito de externar as opiniões e as críticas que entender necessárias”, afirmou o procurador-geral da República.
LEIA TAMBÉM » Lula diz ser alvo de ‘pacto diabólico’ na Lava Jato Nessa quinta-feira (10), o ex-presidente fez um discurso duro contra a imprensa, delegados da Polícia Federal, procuradores do Ministério Público e o juiz Sérgio Moro. “A menor preocupação é com a verdade”, disse Lula em seu discurso.
Réu em três processos relacionados a casos de corrupção, Lula criticou a força-tarefa da Lava Jato na noite desta quinta-feira, 10, durante ato de lançamento da campanha “Um Brasil Justo pra Todos e pra Lula”, em São Paulo. » Lula entra com ação de danos morais contra Delcídio » Moro marca para dia 30 depoimento de Lula como defesa de Cunha “Eu penso que eles cometeram um pequeno erro. É que eles mexeram com a pessoa errada.
Eu não tenho nenhuma preocupação de prestar contas à Justiça brasileira.
O que eu tenho preocupação é quando eu vejo um pacto quase diabólico entre a mídia, a polícia federal, o ministério público e o juiz que está apurando todo esse processo”, disse o petista, diante de um auditório lotado com centenas de pessoas na Casa de Portugal, na Liberdade, zona sul de São Paulo. » Defesa diz que procuradores usam “violência da lei para perseguir Lula” » Procuradores da Lava Jato reafirmam acusações contra Lula em documento ao CNMP Lula acusou a Lava Jato de mentir para a população. “Não me sinto confortável participando de um ato da minha defesa.
Eu me sentiria confortável participando de um ato de acusação à força-tarefa da Lava Jato, que está mentindo para a sociedade brasileira”, afirmou o ex-presidente.