Um dia depois de a bancada de oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) apresentar números do Pacto pela Vida, afirmar que vai à Justiça e propor mudanças no programa, o líder do governo Paulo Câmara, o também socialista Waldemar Borges, criticou a medida dos deputados.

O parlamentar frisou que foi após a aprovação de um requerimento para uma audiência pública sobre a crescente violência no Estado e questionou o objetivo da divulgação dos dados.

LEIA TAMBÉM » Oposição na Alepe propõe mudança no Pacto pela Vida e vai procurar Justiça “Esse comportamento, de vir a público como se isso fosse coisa extraordinária e uma preocupação exclusiva da oposição, já revela que a intenção não é efetivamente a de contribuir com a solução de nada, mas sim de querer faturar em cima das dificuldades da população”, disparou Waldemar Borges. “Na verdade, a oposição nunca se conformou com o êxito do Pacto e agora que a situação da violência efetivamente recrudesceu, ela mais uma vez aponta o dedo para acusar, mas o recolhe na hora de sugerir caminhos efetivos de superação do problema.

Ou, quando o faz, apela para a pirotecnia mais elementar, como é essa sugestão de chamar a Guarda Nacional.” » “Pacto pela Vida sobrevive apenas na propaganda do governo”, diz Armando Monteiro » Sílvio Costa Filho diz que troca de secretário não tem efeito sem mudança no Pacto pela Vida O líder do governo acusou ainda a oposição de estar desinformada sobre o Pacto pela Vida, por querer procurar o Poder Judiciário. “A oposição diz que vai procurar esses órgãos para discutir o PPV, o que mostra uma grande desinformação sobre a atuação do programa.

Esses órgãos já participam e discutem o PPV desde que o programa foi criado”, afirmou.

Borges afirmou que nessa quarta-feira (9), o dia em que a oposição realizou a coletiva de imprensa, houve uma reunião sobre o programa com representantes desses órgãos. » Se eleito, João Paulo quer audiência com Paulo Câmara sobre “fracasso” do Pacto pela Vida » Geraldo discorda de mentor do Pacto pela Vida: “Quem conhece é a comunidade” O deputado atribuiu o crescimento da violência à crise econômica e ao desemprego e negou que o governo tente esconder o resultado negativo.

Além disso, afirmou que o cenário seria pior sem o Pacto pela Vida. “Na verdade, alguns setores dessa heterogênea oposição estiveram no governo federal nos últimos anos e nada propuseram em termos de enfrentamento do problema da violência.

Preferem ficar usando o problema na tentativa de tirar proveito político, ao invés de contribuir com a sua solução.

Acontece que a população sabe identificar perfeitamente esse tipo de postura, daí o pífio resultado eleitoral que essa oposição colheu nas urnas”, concluiu Waldemar Borges.