O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) desembarca no Recife nesta quinta-feira (10) para particpar do encontro anual da Academia Militar das Agulhas Negras que ocorre em Porto de Galinhas, neste fim de semana.

Nessa quarta, a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos encheu de esperança o deputado, que aproveitou para reiterar a disposição de concorrer à Presidência da República em 2018. “Não sei se o Trump sabe que eu existo, mas torci pela eleição dele porque será melhor para o Brasil negociar com ele no futuro”, afirmou Bolsonaro, ressaltando que se identifica com as posições políticas do presidente eleito norte-americano.

LEIA MAIS: » Bolsonaro parabeniza Trump: ‘em 2018, será o Brasil no mesmo caminho’ » Conselho de Ética rejeita processo contra Bolsonaro por citar Brilhante Ustra O dia foi de dupla comemoração para o deputado.

Além da vitória de Trump, ele viu o Conselho de Ética da Câmara livrá-lo do processo por quebra de decoro parlamentar por ter dedicado seu voto a favor do impeachment de Dilma Rousseff ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça como torturador durante o período da ditadura militar.

O principal argumento foi o de que ele tem o direito de dizer o que pensa e que o artigo 53 da Constituição estabelece que deputados e senadores são “invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”.

Antes da sessão, Bolsonaro já começou o dia celebrando a eleição de Trump. “Vence aquele que lutou contra ’tudo e todos'.

Em 2018 será o Brasil no mesmo caminho”, escreveu no Twitter.

Durante a sessão do conselho, ele disse ser vítima de perseguição política dos partidos de esquerda, reclamou dos 30 processos que já respondeu desde 1991 e avisou que nada o impedirá de se lançar candidato à Presidência em 2018. “Gostem ou não gostem, eu sou candidato em 2018”, avisou.

Mais tarde, ele admitiu que ainda sofre entraves para convencer o PSC a apoiar sua candidatura, mas não detalhou as dificuldades. “Eu pasto no momento.

Lamentavelmente a mídia não me dá espaço.” Um grupo de simpatizantes do deputado o acompanhou na sessão do conselho.

Foram 11 votos a um a favor do arquivamento do processo.

As informações são do jornal O Estado de S.

Paulo