Um dos vices-presidentes do PSB, Luciano Vasquez, voltou a criticar a estrutura do PSB em Pernambuco nesta terça-feira (8).

Mesmo colocando que não pretende sair da legenda, ele afirmou haver “um engessamento” e mesmo sem citar nome, apontou o presidente estadual, Sileno Guedes, como culpado.

Após as eleições, críticas de pessoas de dentro do PSB têm pipocado no noticiário.

Primeiro foi o advogado e escritor Antônio Campos, que perdeu o pleito em Olinda.

Depois veio Vasquez, que contrariou a indicação que o partido tinha feito na direção de Tony Gel (PMDB) e apoiou Raquel Lyra (PSDB) no segundo turno em Caruaru. “Raquel é uma pessoa vocacionada para o serviço público, para a atividade política”, defendeu.

LEIA MAIS: » PSB ironiza vice-presidente exonerado e diz que ele não falava em nome do partido » Estratégia do PSB é tratar como “normais” as críticas de Antônio Campos e Luciano Vasquez Para ele, o problema está como a legenda está sendo comendada no Estado por Sileno Guedes. “O regimento delega ao presidente a prerrogativa de comandar as reuniões.

Ele, como comandante, teria que provocar isso e ele não faz isso.

Tem companheiros que ficam satisfeitos e outros que ficam à margem do processo, inertes.

Mas eu quero sacudir essa poeira.

Temos que fazer o planejamento para 2018”, afirmou Vasquez, em entrevista à TV JC.

Ele afirmou ainda que desde a morte de Eduardo Campos o processo se deteriora. “A gente fazia reunião, seminário.

Fazíamos muitas coisas que hoje não são feitas.

A gente quer a volta do diálogo. as pessoas têm que ter o direito de se expressar, mesmo que sejam ideias contrárias às nossas”, colocou.

Ele defendeu que a viúva de Eduardo, Renata Campos, mas não está envolvida na questão de Olinda, como acusa Antônio Campos. “Antonio teve dificuldades na pré-campanha, depois no primeiro turno porque ninguém acreditava.

Participei de vários eventos em Olinda no primeiro turno, menos no segundo porque estava envolvido na de caruaru.

Isso é mais uma prova de que nós temos que ouvir.

As reclamações de Antônio são relevantes e temos que trazer para dentro do partido”, pontuou.

Vasquez era Diretor de Relações Institucionais de Suape e apoiou Raquel Lyra (PSDB), eleita em Caruaru, no Agreste, divergindo da aliança com o adversário dela, Tony Gel (PMDB).

A nota enviada à imprensa afirma que, apesar do cargo, o vice-presidente “não fala nem nunca falou em nome do PSB”.

Ele foi presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) no governo Eduardo Campos e secretário da Casa Civil de João Lyra, pai de Raquel Lyra, quando ele assumiu como governador quando Eduardo deixou o cargo para disputar a presidência “Eu não gosto de personificar.

Mas quem está em um posto de comando tem que fazer a renovação partidária.

Não pode haver tratamentos diferentes, tem que haver isonomia. todo filiado tem que ter o direito de ser filiado.”