Durante o 9º Congresso Nacional da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), realizado em Brasília, nesta terça-feira (8), o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que o governo do presidente Michel Temer irá aprovar as reformas “necessárias para colocar o País na modernidade e no rumo certo”.

Líder do governo no Senado, Romero Jucá disse que o Senado votará a PEC do teto de gastos, a reforma da Previdência e todos as reformas que o Brasil precisar. “Adversários dirão que estamos tirando direitos, mas estamos salvando o Brasil”, afirmou, em encontro do PMDB.

Após sua fala, Jucá disse que discutirá ainda nesta terça-feira o envio da reforma da Previdência com o presidente Michel Temer.

Sobre a PEC que estabelece um teto para os gastos públicos por 20 anos, em apreciação no Senado, Jucá disse que o projeto será aprovado “mais tranquilamente do que na Câmara”, onde teve ampla maioria.

Para Jucá, o PMDB tem que ter bandeiras identificadas pela população, com posições claras e firmes. “Vamos fazer um encontro no próximo ano quando o PMDB irá se renovar, com a experiência do passado mas olhando para o futuro.

A política terá de se reinventar.

O formato político do passado está em decomposição.

O partido precisa dar upgrade”, afirmou.

O senador também defendeu o fortalecimento do partido. “Não quero ser presidente apenas do maior partido, mas da força política mais querida e mais transformadora do País.

Sabemos que estamos vivendo a negação da política e isto não é bom”, ressaltou.

Estou agora na abertura do 9º Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, em Brasília. pic.twitter.com/7gKUNPj5Zn — Romero Jucá (@romerojuca) 8 de novembro de 2016 Ele disse que a meta é transformar o PMDB em uma legenda profissional e que gastará o que for preciso para fazer do partido uma “força transformadora”. “Não quero ter grande saldo bancário nas contas (do partido), quero ter gente nas ruas”, completou.

O congresso servirá para aprofundar os debates sobre os principais temas da atualidade: a reforma da Previdência, o limite aos gastos públicos e o Programa de Parcerias e Investimentos do governo federal.

O evento também terá como destaque o lançamento do livro “50 anos do PMDB”, no Salão Negro do Congresso Nacional.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), abriu a cerimônia com uma palestra sobre a Reforma da Previdência.

Segundo ele, a proposta é idêntica ao que já está dando certo em outros países. “Há 25 anos que o Brasil gasta mais do que 6% acima da inflação, incluindo os gastos com a Previdência.

Temos que frear o déficit orçamentário e os gastos.

A sociedade brasileira tem de ter consciência que chegou o momento de grandes transformações, isso inclui a Previdência Social”, disse o ministro.

De acordo com Eliseu Padilha, a Previdência terá déficit um de 200 bilhões no próximo ano. “Temos que tomar providências, e todos nós somos responsáveis pelo déficit que cresce a cada ano.

A Reforma da Previdência é para garantir que se tenha Previdência no Brasil.

E ela é parte do ajuste fiscal”, concluiu.

Romero Jucá também falou sobre a reforma e disse que o PMDB está “trabalhando para salvar o Brasil”.