Após as lideranças estaduais do PSB tratarem como “naturais” as críticas do vice-presidente estadual do partido, Luciano Vasquez, após ser exonerado do governo Paulo Câmara (PSB), os socialistas em Pernambuco se manifestaram em nota em que o ironizaram.
Vasquez era Diretor de Relações Institucionais de Suape e apoiou Raquel Lyra (PSDB), eleita em Caruaru, no Agreste, divergindo da aliança com o adversário dela, Tony Gel (PMDB).
A nota enviada à imprensa afirma que, apesar do cargo, o vice-presidente “não fala nem nunca falou em nome do PSB”.
Vasquez foi presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) no governo Eduardo Campos e secretário da Casa Civil de João Lyra, pai de Raquel Lyra, quando ele assumiu como governador quando Eduardo deixou o cargo para disputar a presidência.
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A nota do PSB afirma ainda que não vai comentar publicamente a exoneração que provocou mais um racha na legenda.
Antes, a imagem do partido havia sido abalada por críticas do irmão de Eduardo Campos, Antônio Campos, que foi derrotado em Olinda após uma campanha sem apoio dos caciques estaduais da legenda.
Antônio acusou o partido de ter conspirado contra a sua candidatura. “O tempo é de muito trabalho e não de futrica”, dizem os socialistas no texto. » Leia a íntegra da nota do PSB de Pernambuco: “Luciano Vasquez tenta dar conotação política à sua exoneração num cargo de confiança do Porto de Suape.
Ele deve achar que o governo seria bom se o mantivesse no cargo.
Certamente sua demissão se deu no âmbito administrativo.
O fato é que não vamos entrar nesta pauta.
Esta discussão em nada muda a vida das pessoas, principalmente daqueles que mais precisam.
Definitivamente esta não é a pauta do povo.
Luciano Vasquez não fala nem nunca falou em nome do PSB.
Sua filiação é recente e ele nunca foi interlocutor de lideranças do partido.
Nem agora nem no passado.
Na verdade, não passa de uma presunção descabida.
O governador Paulo Câmara e os setenta prefeitos eleitos pelo PSB têm uma grande tarefa pela frente, portanto as opiniões emitidas por Vasquez se perdem como palavras ao vento.
O tempo é de muito trabalho e não de futrica.
O partido trata de assuntos de seus filiados internamente e, no caso em questão, não será diferente.
O PSB não vai alimentar este debate, vamos completar setenta anos e nosso compromisso é com o futuro.
Partido Socialista Brasileiro (PSB-PE)”