Por Marcos Oliveira, especial para o Blog de Jamildo Em meio aos atritos gerados após as eleições municipais, o PSB de Pernambuco reuniu em um hotel de Gravatá, Agreste do Estado, nesta segunda-feira (7), a maioria dos eleitos pela legenda no Estado.

Embora tenha feito 70 prefeituras, desde a semana passada que o partido vem sendo alvo de críticas públicas de pessoas de dentro da legenda.

A maioria dos discursos das lideranças presentes no encontro foi no sentido de colocar como “natural” as falas dos descontentes e elencar o crescimento do grupo que em 2012 havia feito 58 prefeituras.

Essa foi o primeiro processo eleitoral após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB).

LEIA MAIS: » Irmão de Eduardo bate forte no governo Paulo Câmara e racha PSB » Exonerado, vice-presidente do PSB diz que legado de Arraes e Eduardo é jogado fora O primeiro a bater, na quarta-feira (2), foi o irmão de Eduardo, o advogado Antônio Campos, que criticou o que chamou de complô orquestrado pelo governador, Paulo Câmara, para que ele não vencesse em Olinda.

Neste fim de semana, por meio de nota, o vice-presidente do PSB-PE Luciano Vasquez também criticou o partido por, segundo ele, praticar a velha política.

Ele foi exonerado do cargo de diretor de Relações Internacionais de Suape após ter apoiado no segundo turno em Caruaru a ex-socialista Raquel Lyra (PSDB) .Ela derrotou o nome apoiado pelo Palácio da Princesas, Tony Gel (PMDB).

Sobre o caso de Vasquez, o presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, disse que é da competência do governador exonerar ou não, mas se mostrou incomodado.

Ele disse que pelas críticas feitas, o correligionário deveria ter saído do governo há mais tempo. “Pelo teor, não são críticas de agora, são de antes”, afirmou.

O PSB conseguiu prefeituras importantes como Recife, Paulista e Petrolina, mas perdeu em duas cidades que deixaram marcas, como Olinda e Caruaru, onde a prefeita eleita, Raquel Lyra, deixou os socialistas, após não ter tido espaço para concorrer à Prefeitura.

A fala do senador Fernando Bezerra foi no sentido de definir como “normal” a presença dos descontentes. “Temos que observar o crescimento do PSB e ajudar o grande líder, o governador Paulo Câmera, na administração de Pernambuco”, colocou. “Não é hora de futrica nem de intriga, é hora de trabalho.” João Campos corre para não falar de temas polêmicos do PSB, mas destaca o crescimento do partido. pic.twitter.com/p4BhQRWzdT — Blog de Jamildo (@blogdejamildo) 7 de novembro de 2016 O presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira, lembrou as figuras de Miguel Arraes e Eduardo Campos, assim como os outros que discursaram, e afirmou não ver rachadura na legenda. “São posições diferentes e que são perfeitamente entendidas em um partido democrático”, colocou.

O governador Paulo Câmera afirmou que em 2017 o crescimento econômico será pequeno, sera um ano de retomada. “Nós todos vamos estar numa caminhada muito próxima, olhando os 184 municípios de forma igual”, pontuou.