Exonerado do governo Paulo Câmara (PSB), o vice-presidente estadual do partido, Luciano Vasquez, fez duras críticas ao socialistas em nota enviada ao Jornal do Commercio neste domingo (6).

Vasquez indicou que o governador pode ficar “reduzido à imagem de um pedinte de cargos” e afirmou que a gestão tem como marcas “inexperiência, o amadorismo, a inércia e a falta de diálogo”. “Estão jogando fora, de forma inconsequente, toda a história e legado de (Miguel) Arraes e Eduardo (Campos)”, disse ainda.

LEIA TAMBÉM » Vice-presidente do PSB que apoiou Raquel Lyra é exonerado do governo Paulo Câmara A exoneração de Vasquez do cargo de Diretor de Relações Institucionais do Complexo de Suape, que vale a partir da próxima terça-feira (8), foi publicada no Diário Oficial do sábado (5), uma semana depois da vitória de Raquel Lyra (PSDB) em Caruaru, candidata apoiada por ele na principal cidade do Agreste, ao contrário da orientação do Palácio do Campo das Princesas.

Paulo Câmara ficou do lado do adversário dela, Tony Gel (PMDB), no segundo turno, depois que o candidato indicado por ele, o vice-prefeito Jorge Gomes, foi derrotado no primeiro turno. » Após racha no PSB de Pernambuco, Antônio Campos procura socialistas em Brasília e São Paulo » Irmão de Eduardo Campos decide ir à Justiça contra secretário da Casa Civil de Pernambuco » Antônio Campos acusa viúva de Eduardo de querer acabar com a família Luciano Vasquez foi presidente do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) no governo Eduardo Campos e secretário da Casa Civil de João Lyra, que assumiu como governador quando Eduardo deixou o cargo para disputar a presidência. » Leia a íntegra da nota de Luciano Vasquez: “Com a eleição de Eduardo, em 2006, pensávamos que havíamos vencido a velha política e as suas práticas mais nefastas, como a perseguição, a retaliação e o expurgo, mas estão vivas e ativas em Pernambuco.

A inexperiência, o amadorismo, a inércia e a falta de diálogo são as marcas efervescentes desse tempo.

Recordo o que falou o ex-governador Miguel Arraes: ’estão desmanchando com os pés, aquilo que o povo construiu com as mãos'.

Estão jogando fora, de forma inconsequente, toda a história e legado de Arraes e Eduardo.

Na eleição do segundo turno de Caruaru, fiz o que minha consciência determinava, ter lado!

Porém antes, procurei o governador, a deputada Laura Gomes e o companheiro Jorge Gomes que tinham anunciado a neutralidade.

Fiz a opção pela coerência histórica e política da Frente Popular, e estava certo.

A vitória de Raquel é o resultado do acerto de quem faz política sintonizado com a luta do povo!

Quando os governantes e os políticos erram, o povo conserta!

Sobre a minha saída, quem tem que falar é o governador.

Ele é governador até 31 de dezembro de 2018 e está dentro das prerrogativas dele nomear e exonerar, não é assim?

Anteriormente ele já havia pedido os cargos do PSDB e DEM, agora ele pede o cargo do vice-presidente do PSB.

Um governante não pode ficar reduzido a imagem de um pedinte de cargos. É um ato pequeno e precário que está em desarmonia com as tradições de bravura e honra de quem já exerceu tão dignificante cargo, de Governador de Pernambuco.

A minha torcida e a dos pernambucanos é que o governo trabalhe e se ocupe para vencer a crise econômica e financeira, o desemprego, a falta de investimentos para infraestrutura, a falta de segurança, a crescente onda de violência, o sucateamento da saúde pública, enfim, se preocupe com a melhoria da qualidade de vida do nosso povo.”