Após a declaração do secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho, de que o Estado ainda não tem dinheiro para pagar o 13º salário dos servidores, a deputada estadual de oposição Priscila Krause (DEM) afirmou que vai questionar oficialmente na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a gestão Paulo Câmara (PSB) sobre o assunto.

A parlamentar afirmou que há desencontro de informações entre o que Coelho admitiu nesta sexta-feira (4) e os dados passados pelo secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, na Casa.

Integrante da Comissão de Finanças, Priscila havia questionado Stefanni sobre o assunto no início de outubro e ouviu que esses recursos estavam assegurados, pois a administração estava reservando mensalmente parte da arrecadação para o pagamento da parcela única até o fim do ano.

LEIA TAMBÉM » Secretário diz que Pernambuco ainda não tem dinheiro para pagar o 13° “É preciso que se esclareça se há um equívoco do secretário de Administração ou se a informação apresentada na Assembleia pela Fazenda, na verdade, não se referia aos fatos reais da situação do caixa estadual.

Estamos falando de milhares de servidores, aposentados, pensionistas e comissionados que tinham a informação anterior como confiável e estão com seus orçamentos programados para isso”, afirmou a deputada. » Na Alepe, Priscila Krause questiona secretário da Fazenda sobre 13º dos servidores estaduais Quando questionou Stefanni, Priscila previa que Pernambuco teria dificuldades para fechar as contas no fim de dezembro porque a dívida com fornecedores permanece alta, em torno de R$ 800 milhões e o governo não adiantou a primeira parcela do décimo terceiro como fez no ano de 2015.

Na arrecadação, não haverá este ano o incremento de cerca de R$ 700 milhões, depositados em dezembro passado, referente à venda da operacionalização da folha dos servidores ao Bradesco.

Uma apuração do gabinete da parlamentar apontou que, apesar do pacote fiscal aprovado ano passado, com aumento de alíquotas em impostos como ICMS e IPVA, a receita corrente estadual teve crescimento real negativo no período de janeiro a setembro em relação aos mesmos meses do ano passado.

Sem as correções inflacionárias, o crescimento foi de 1,61%.