Prefeito eleito na cidade de Petrolina, o deputado estadual Miguel Coelho (PSB), acusou que o processo de transição está caminhando com “morosidade” por parte do atual gestor, Júlio Lóssio (PMDB).
Ainda colocou que, embora aliado, não é “submisso” ao governo Paulo Câmara.
A afirmação foi feira nesta sexta-feira (4) durante entrevista ao programa Resenha Política do NE10, transmitido ao vivo pela página no Facebook do Portal.
O Resenha Política, com a apresentação da editora do NE10 Inês Calado, Jamildo Melo, editor deste Blog, e Giovanni Sandes, da Coluna Pinga Fogo, também discutiu os resultados do segundo turno das eleições.
Elencou ainda quais foram as surpresas e as decepções do pleito.
Sobre a relação com as demais esferas de poder, ele pontuou que não é “submisso” ao governo Paulo Câmara, e que vai procurar verba principalmente ao governo Federal. “É normal os municípios se voltarem mais para o governo Federal”, afirmou.
LEIA MAIS: » Com irmão ministro e pai senador, Miguel Coelho encontra Temer » Miguel Coelho diz que transição de governo iniciou com atraso Sem contar com segundo turno, desde 2 de outubro que Petrolina conhece o prefeito eleito e há um mês, de acordo com Miguel, as conversas para a transição começaram.
No entanto, “a gente não sabe o saldo em conta, ainda não passaram”, disse o socialista, como prova de que questões básicas não estão sendo repassadas.
Sobre a demissão de funcionários públicos, ele também colocou que a diminuição dos serviços públicos estão acontecendo. “Em Petrolina a gente já estucou diversos boatos.
Os postos de saúde que só atendiam até as 21h só atendem agora até as 17h”, colocou.
Ele explicou que já fez solicitação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que possíveis irregularidades sejam analisadas pelo órgão. “Se você olhar o Portal da Transparência ele dá um organograma, se olhar os gastos, dá outro.” Sobre a PEC do Teto, que sofre resistências do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), ele se colocou favorável, dizendo que, como em qualquer casa, só se deve gastar aquilo que se tem.
Perguntado sobre o pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), ser um dos citados na operação Lava Jato, ele afirmou que defende o trabalho dos investigadores e que confia “que tudo será esclarecido”.