Se depender da vereadora mais votada na cidade do Recife, Michele Collins (PP), não existirá política pública específica para o público LGBT na Capital.

Ela, que recebeu pouco mais de 15 mil votos, afirmou ainda, em entrevista para a TV JC nesta quinta-feira (3), ser contrária à adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo. “Sou contra adoção de crianças por casais do mesmo sexo.

Quem tem que criar uma criança é um pai e uma mãe, um homem e uma mulher”, disse, afirmando que elas precisam de “referência”.

Ela colocou que violência existe na sociedade e que ela atinge a todos.

Elencando que o Estado precisa atuar contra a discriminação LGBT, mas também contra idosos, mulheres ou “crianças obesas”.

Este último grupo para ela é um dos mais atacados na sociedade atual.

LEIA MAIS: » Michele Collins diz que é uma mulher à frente do seu tempo e já pensa em 2018 »Michele Collins critica parecer de Janot para liberar aborto em casos de zika »Michele Collins lamenta números da violência contra a mulher no Recife Ligada ao eleitorado evangélico, esposa do deputado estadual Pastor Cleiton Collins (PP), ela defendeu que deve existir separação entre política e religião, embora se coloque como incapaz de defender termas que forem de encontro com a Bíblia. “O Estado é laico, mas não significa que é um Estado ateu”, colocou.

Os três vereadores eleitos com mais votos no Recife são ligados ao público evangélico.

Além de Michele, Irmã Aimée (PSB) e Fred Ferreira (PSC), esses dois tiveram pouco mais de 14 mil votos.

Em Jaboatão, o prefeito eleito, Anderson Ferreira (PR) e o escolhido em Olinda, Professor Lupércio (SD), também é ligado a este público.

Ela atribui o fato de candidatos evangélicos terem tido sucesso nestas eleições pela capacidade de organização deles. “Defendem praticamente as mesmas ideias”.