Em Belo Jardim, Agreste de Pernambuco, cidade natal do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), alunos do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), com apoio de alunos de mais sete escolas públicas, realizaram um ato contra a Proposta de Emenda à Constituição 55, que tramitou na Câmara como PEC 241, que estabelece um limite para os gastos públicos pelos próximos 20 anos com base na inflação do ano anterior.
O grupo também protestou contra a Medida Provisória do Ensino Médio (MP) 746/2016.
O prédio do IFPE está ocupado desde o último dia 25. » Mendonça Filho diz que “politizar o Enem foi desrespeitoso com milhões de jovens” Segundo o primeiro secretário da União dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UESPE), Luiz Felipe, de 19 anos, o movimento seguiu pelas ruas de Belo Jardim de forma pacífica com faixas e bandeiras. “Na terra de Mendonça, a juventude é de luta”, diz um dos cartazes.
Ainda de acordo com Luiz, os manifestantes de todo o País estão discutindo a possibilidade de ir à Brasília no dia da votação final da PEC 55, no Senado. “A intenção é pressionar Congresso contra a proposta”, explicou.
Ele ainda disse que até lá, os alunos irão promover ações na cidade como aulões e debate nas escolas.
Ainda de acordo com a organização do movimento, o ato contou com a participação de integrantes do Movimento Sem Terra e Movimentos quilombolas.
Também participaram a União da Juventude Rebelião (UJR) e União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES), filiada à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que é ligada ao PSOL.
REFORMA Foto: Divulgação A reformulação do ensino médio entrou em vigor no último dia 22 de setembro a partir de uma medida provisória (MP) assinada pelo presidente Michel Temer.
Além da flexibilização dos currículos, está previsto um aumendo gradual da jornada escolar.
As mudanças já estavam em discussão no Congresso Nacional no Projeto de Lei 6.480/2013 e agora voltam em formato de MP, com o prazo de 120 dias para ser votada.
PEC O senador Roberto Requião (PMDB-PR) informou nesta quinta-feira (3) que senadores da oposição estão trabalhando na elaboração de um texto alternativo à PEC 55.
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para debater as consequências da proposta para as finanças públicas, o parlamentar explicou tratar-se de “uma saída para superar a crise sem mexer nas conquistas sociais do povo brasileiro”. “Hoje meu gabinete, os gabinetes de Gleisi Hoffmann e de uma série de senadores estão discutindo a possibilidade de apresentarmos um substitutivo geral, feito a partir do ponto de vista do interesse nacional para superar a crise”, explicou.