Veja a nota oficial da CUT Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entregaram na quinta-feira (27) aos servidores públicos “um presente de grego”.

Eles consideraram legítima a possibilidade de os administradores públicos cortarem os salários de trabalhadores públicos em greve.

Por seis votos a quatro, a Corte estabeleceu que os órgãos públicos podem fazer o corte dos dias parados antes de uma decisão que julgue sobre a legalidade ou ilegalidade do movimento paredista.

O entendimento do STF não impede a negociação para a compensação dos dias não trabalhados.

LEIA TAMBÉM » STF valida corte de ponto de servidores públicos em greve » “Quem não trabalha não deve ganhar”, diz Gilmar Mendes sobre greve O presidente da CUT Pernambuco, Carlos Veras, disse que é equivocada esta decisão do STF que chega a um momento em que a classe trabalhadora está se mobilizando contra as propostas e aos ataques aos direitos trabalhistas e sociais que o governo ilegítimo de Michel Temer tenta impor ao Brasil. “Infelizmente, grande parte da reforma e dos ataques aos direitos trabalhistas estão ocorrendo com apoio do STF e da Mídia Golpista.

Essa decisão é mais uma forma de desarticular a mobilização dos servidores municipais, estaduais e federais, vítimas de gestores inescrupulosos que não concedem reajustes, atrasam pagamentos de salários, cortam benefícios, demitem funcionários, sonegam impostos e ainda desmontam as estruturas dos serviços que atendem à população”, pontuou.

Em verdade, esta decisão tem como objetivo enfraquecer o movimento sindical e aumentar ainda mais a pressão sobre os servidores, uma vez que a greve é o único instrumento capaz de dobrar a intransigência dos gestores públicos.

A CUT não aceita retrocessos nem ataques aos direitos dos trabalhadores (as)!

Manifestamos apoio e solidariedade à luta dos servidores públicos neste dia 28, Dia do Servidor Público, na expectativa de mais avanços às lutas e reivindicações da categoria.

Permaneceremos lutando nas ruas, nos locais de trabalho e no Congresso Nacional, defendendo nossos direitos e organizando os trabalhadores (as), para manutenção e ampliação das conquistas sociais e por uma sociedade livre das injustiças sociais que hoje impera em todos os segmentos.