O líder do PT no Senado, Humberto Costa, disse que o aumento da dívida mostra que o governo Temer não sabe gerir e que não “resolve os problemas do Brasil”.

Ele reclama que, mesmo se aprovada, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 não contém medidas para conter as despesas com pagamento de juros e amortizações da dívida.

O mesmo discurso dos socialistas como Geraldo Julio para ser contra a medida. “Apesar do discurso em defesa do corte de gastos, a dívida pública vem aumentando no governo de Michel Temer (PMDB).

Dados divulgados pelo Tesouro Nacional mostram que o endividamento interno e externo teve aumento de 3,1%, em termos nominais, passando de R$ 2,955 trilhões em agosto para R$ 3,047 trilhões em setembro.

Esta foi a primeira vez na história que a dívida pública ultrapassa a barreira dos R$ 3 bilhões” Para Humberto Costa, a PEC vai gerar um grande conflito entre diversos setores. “O governo sem voto de Temer adora falar em cortes.

Um dia dá uma tesourada na educação, no outro, é na saúde, mas continua ampliando a dívida pública.

A gestão peemedebista quer aprovar a PEC não porque ela é o melhor para o País, mas porque eles não sabem gerir.

Os recursos e os cargos do governo agora só se destinam a saciar o apetite gigante da base aliada do peemedebista.

Agora imagina isso se a PEC for realmente aprovada.

Com menos dinheiro, quem vocês acham que quais projetos vão ser beneficiados com as verbas da saúde, da educação?

Certamente o dinheiro não vai para os trabalhadores, para os que mais precisam”, afirmou.

Apesar da aprovação da PEC na Câmara, o líder do PT disse estar confiante numa possível rejeição da matéria no Senado. “A mobilização segue em todo o País.

São mais de mil escolas ocupadas.

Agora, mais que nunca, ir para as ruas é fundamental.

Não podemos deixar passar essa matéria que vai penalizar o país pelos próximos 20 anos”, afirmou o senador.

A rápida chegada da PEC do Teto de Gastos Públicos ao Senado, na tarde desta quarta-feira (26), acendeu o sinal de alerta do líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE).

Ele classifica a proposta como PEC da Maldade e avalia que a tramitação terá de seguir rigorosamente o regimento interno do Senado, cumprindo prazos e passando por ampla discussão.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), leu a Proposta de Emenda à Constituição nº 241/2016 no plenário para iniciar o rito de apreciação, o que inclui a sua análise na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Depois da CCJ, a matéria ainda terá de passar por votação em dois turnos no plenário, antes de começar a valer.

As votações de primeiro e segundo turnos acontecerão nos dias 29 de novembro e 13 de dezembro, respectivamente.

O relator será o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Humberto Costa disse acreditar que o debate sobre as consequências da aprovação da PEC foi atropelado na Câmara, onde recebeu apoio da maioria dos deputados. “Nessa terça-feira, estudo da própria consultoria de orçamento da Câmara mostrou que a PEC pode tirar até R$ 25,5 bilhões por ano da educação nas próximas duas décadas”.

Segundo o parlamentar, haverá um congelamento do orçamento da União, o que vai prejudicar toda a sociedade, principalmente os mais pobres.

Pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi, na semana passada, revelou que 70% dos brasileiros rejeitam a proposta. “A população brasileira não vai ficar congelada no seu crescimento demográfico.

Vamos ter mais crianças nascendo, que precisarão de escolas e assistência social.

Também teremos mais pessoas envelhecendo, precisando de aposentadorias e de atendimento de saúde cada vez mais sofisticado e mais caro.

Como atenderemos tudo isso com um orçamento congelado?”, questiona o senador. “Se o governo do presidente não eleito Michel Temer (PMDB) não investir em infraestrutura, educação, saúde, segurança e outras áreas o país sofrerá com o aprofundamento da recessão e haverá o empobrecimento dos estados e dos municípios”.