Em sabatina realizada pela Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (26), o prefeito e candidato à reeleição no Recife seguiu o pensamento da bancada do PSB na Câmara dos Deputados e se colocou contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Segundo Geraldo, quando faltar dinheiro em Brasília, são os prefeitos que terão que paralisar algum serviço.

LEIA MAIS: » Saiba como votaram os pernambucanos na PEC 241 » Com 359 votos, base de Temer aprova PEC 241 e proposta segue para o Senado O plenário da Câmara aprovou nessa terça-feira (25), em segundo turno, por 359 votos a 116 (e 2 abstenções), o texto-base da PEC.

Por se tratar de uma alteração na Constituição, a proposta precisava ser aprovada por pelo menos três quintos dos deputados (308 dos 513).

Para Geraldo Julio, que é Primeiro-Secretário Nacional do PSB, a PEC do Teto vai de encontro às necessidades da população. “Discordamos da PEC, pois da forma que está, traz prejuízo para saúde e educação.

Não dá para fazer ajuste fiscal penalizando quem precisa dos serviços públicos.

Nossa posição é defender os serviços públicos, porque quando faltar dinheiro em Brasília são os prefeitos que terão que paralisar algum serviço”, destacou o gestor municipal. » Líder do governo diz que PEC representa a morte do PT O prefeito ainda disse que o principal motivo do rompimento do PSB com a gestão do PT foi a condução do País à crise. “Fizemos parte do governo federal, mas vimos que a gestão da presidenta [Dilma Rousseff] estava levando o País para a crise e nós discordamos da condução econômica”, ressaltou.

Assista na íntegra a sabatina: PEC 241 A proposta é considerada pelo governo do presidente Michel Temer um dos principais mecanismos para reequilibrar as contas públicas do País.

O texto estabelece que as despesas da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) só poderão crescer conforme a inflação do ano anterior.

A regra valerá pelos próximos 20 anos, mas, a partir do décimo ano, o presidente da República poderá propor uma nova base de cálculo ao Congresso. » Geraldo Julio aparece com 50% e João Paulo com 34% na segunda Datafolha do 2º turno Em caso de descumprimento do teto, a PEC estabelece uma série de vedações, como a proibição de realizar concursos públicos ou conceder aumento para qualquer agente público.

Inicialmente, o texto estabelecia que os investimentos em saúde e em educação deveriam seguir as mesmas regras.

Diante da repercussão negativa e da pressão de parlamentares, inclusive da base aliada, o Palácio do Planalto decidiu que essas duas áreas deverão obedecer ao limite somente em 2018.