Agência Brasil - A Justiça Federal negou pedido de liberdade ao ex-ministro Antônio Palocci, indiciado nesta segunda-feira (24) pela Polícia Federal (PF), na Operação Lava Jato.

A decisão foi proferida pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal (TRF-4), sediado em Porto Alegre.

Palocci está preso desde o dia 26 de setembro na carceragem da PF em Curitiba (PR).

Na decisão, o magistrado considerou que há “prova de materialidade e de indícios de autoria” que justifiquem a prisão cautelar de Palocci.

A prisão foi decretada pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba.

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De acordo com a PF, Palocci pediu e recebeu R$ 28 milhões para beneficiar a empreiteira Odebrecht em contratos com o governo federal, por meio de repasses para a empresa de consultoria do ex-ministro. » Moro decreta prisão preventiva de Palocci » Palocci diz à PF que não é ‘italiano’ da planilha de propinas » Lava Jato apura contatos de Odebrecht com Palocci desde 2004 Segundo os investigadores, os pagamentos ao ex-ministro eram feitos por meio do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, responsável pelo pagamento de propina a políticos.

Durante o inquérito, os delegados concluíram, após analisarem planilhas apreendidas, que Palocci era identificado com “italiano”.

O advogado de Palocci, José Roberto Batocchio, disse que o indiciamento de seu cliente “trata-se de uma primorosa obra de ficção literária”.