Embora a Justiça tenha dado ordens para bloquear cerca de R$ 220 milhões do o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), as autoridades encontraram nas contas do peemedebista apenas extratos zerados e uma ação da Oi no valor de R$ 2,10 em nome de Cunha.
Já em nome de sua mulher Cláudia Cruz, o Banco Central identificou R$ 622 mil, diz reportagem do blog de Fausto Macedo, do jornal ‘O Estado de S.Paulo’.
Na ação contra Cunha, que não tem caráter penal – sanções previstas têm natureza civil, como inelegibilidade, perda dos direitos políticos, pagamento de multa e ressarcimento de danos ao erário – o peemedebista é acusado de improbidade administrativa por supostamente ter recebido US$ 1,5 milhão em propina envolvendo a compra pela Petrobrás de um campo de exploração de petróleo na África, em 2010.
Nesta quinta-feira (20), ao listar os indícios de que o ex-presidente da Câmara teria dedicado toda sua vida pública a “obter vantagens indevidas com a finalidade de possibilitar uma vida de gastos vultuosos” para si e sua família, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba aponta que o peemedebista pode ter um patrimônio até 53 vezes maior do que o declarado e que também pode ter outras contas ainda não descobertas nos Estados Unidos.
As suspeitas dos procuradores da República se baseiam nas informações obtidas por meio da cooperação internacional com o Ministério Público da Suíça, que identificou quatro contas, sendo três vinculadas ao peemedebista e uma a sua mulher Cláudia Cruz, que já renderam denúncias na Lava Jato.
No documento de abertura de uma destas contas, a Triumph, no Banco Suíço Julius Baer, em 2007, o peemedebista declarou possuir um patrimônio de US$ 20 milhões.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo