Por Wladmir Paulino Do Portal NE10 O candidato do PSB à Prefeitura de Olinda, Antônio Campos, afirmou que seu primeiro ato, se eleito, será decretar estado de calamidade pública no município para acelerar obras de saneamento e dragagem de canais.

A declaração foi uma resposta à primeira pergunta feita pelo seu adversário, Professor Lupércio (SD), no debate do Portal G1 na noite desta quinta-feira (20). “Meu primeiro decreto será decretar calamidade pública na cidade em função dos alagamentos e sistema de drenagem e saneamento.

Temos o apoio do Governo Federal e Estadual e faremos modificações no Canal do Fragoso para desobstruí-lo e não causar alagamentos”, pontuou.

LEIA TAMBÉM » Lupércio vai ao MP e chama Antônio Campos de “caixinha de maldades” » Justiça proíbe Lupércio de dizer em propaganda eleitoral que nasceu em Olinda » “Política rasteira”, rebate Augusto Coutinho após Lupércio ser proibido de dizer que nasceu em Olinda Porém, as provocações de um lado e de outro deram o tom do encontro, desta vez usando, de maneira mais sutil, os temas abordados.

O local de nascimento de um e o não exercício de cargo público eletivo de outro apareceram sem fazer cerimônia.

Até o Uber, aplicativo de transporte individual, entrou na conversa, com os dois postulantes ao cargo apresentando posições diferentes, mas sem abrir mão do outro lado.

Lupércio disse se relacionar bem com motoristas do Uber e taxistas, mas deixou claro que a saída poderá ser uma consulta pública. “Estou pronto para ouvir os dois, mas vamos chamar a população e saber o que é melhor para ela.

O que for bom para ela vai ser para o nosso governo”. » Enquete: Você concorda com o projeto de Renildo Calheiros para proibir o Uber em Olinda? » Vereadores de Olinda tentam derrubar inconstitucionalidade de projeto de Renildo Calheiros contra o Uber » Uber volta ao centro da polêmica na campanha do Recife em debate Antônio adotou a postura de uma nota técnica do Ministério Público Federal, que recomendeu uma regulamentação do aplicativo. “Não sou contra o Uber.

Ele é bem vindo, mas precisa de uma regulamentação para maior segurança do usuário e evitar a concorrência desleal”.

Provocações Em várias oportunidades, o candidato do Solidariedade insinuou um possível desconhecimento do adversário sobre a realidade da cidade, como numa pergunta específica sobre o canal Lava Tripas - “Até entende que, por não ser da cidade, o senhor não conheça” - ou ao relacionar uma série de ruas e bairros ao comentar uma pergunta sobre mobilidade.

O socialista foi ao contra-ataque questionando a frase mais repetida por Lupércio durante o debate - “Eu, como filho de Olinda…” -, inclusive ressaltando uma decisão da Justiça Eleitoral que proíbe seu oponente de dizer ter nascido em Olinda. “Ele nasceu no Barão de Lucena (bairro da Iputinga, zona oeste do Recife)”. » Em Olinda, Pastor Cleiton Collins e Adalto Santos declaram apoio a Antônio Campos » Lupércio diz que é faixa marrom de karatê e mostra golpes em Olinda » Descaso com o Beco da Marinete em Olinda: falta saúde, segurança e sobra lixo A guerra continuou também em relação aos apoios que ambos negam ou confirmam - de acordo com a afirmação do outro.

Para Lupércio, mais uma vez, Antônio Campos jogou no colo um possível alinhamento com o PCdB, que governou Olinda nos últimos 16 anos com Luciana Santos e Renildo Calheiros, mas se despede com baixos índices de aprovação.

O Professor reconheceu o apoio de vereadores que fazem parte da bancada do atual prefeito mas apontou que o PSB comanda secretarias no município.

Antônio - Ele era aliado estratégico do PCdoB no primeiro turno.

Era o plano B.

Lupércio - Não tenho nenhum cargo na Prefeitura de Olinda.

O PSB dele tem três secretarias no município.

Como isso se justifica?

Como se responde isso aí?

Na sua oportunidade, Lupércio questionou o fato de o irmão de Tonca, como ele também é conhecido, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, nunca ter sido lançado para disputa de cargo eletivo.

Também perguntou por que o filho de Eduardo, João, não participar da campanha.

Lupércio - Seu irmão foi governador, ministro, deputado federal e estadual e candidato a presidente da República e nunca lhe indicou.

Por que seu próprio sobrinho não está em seu palanque?

Antônio - Eduardo queria me fazer ministro do STJ mas decidi não ser porque a minha vocação sempre foi a advocacia.

Tenho muito respeito e amor pela família de Eduardo e por meus sobrinhos, mas eles votam no Recife.

Tenho apoio da minha família e é uma alegria ter esse apoio.