Em entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta quarta-feira (19), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que não é o momento de pensar nas próximas eleições presidenciais, em 2018. “O futuro está na mão de Deus”, disse o tucano.
O governador ressaltou que a prioridade é cuidar da situação econômica do País. “2018 está muito longe ainda.
Agora temos que recuperar o emprego e a renda, este é o desafio.
E são necessárias medidas rápidas porque nunca vi uma crise tão alta em 40 anos de vida pública”, disse.
O tucano também afirmou que não pretende disputar a presidência do PSDB. “Não pretendo, até poque as tarefas de governador já são imensas.
Em maio, vamos mudar os diretórios e precisamos de uma consulta ampla interna isto é ser democrático”.
Alckmin foi questionado sobre como a eleição de João Doria (PSDB) poderia favorecer sua candidatura e preferiu ressaltar a campanha do aliado. “O Dória fez uma boa campanha e deu destaque a boa gestão pública, por isso teve um bom resultado.
Aliás tivemos bons resultados em todo o estado de São Paulo”, ressaltou.
Ouça a íntegra da entrevista: O sucesso, ou não, da gestão do tucano João Doria na prefeitura de São Paulo a partir de 2017 será decisivo para o plano presidencial de Geraldo Alckmin.
A avaliação de lideranças políticas do PMDB é que, se Doria naufragar em seu primeiro ano de governo, Alckmin poderá ser prejudicado no seu intento de se tornar o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto.
Alckmin avalizou nos últimos dias a indicação da secretária de Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão, para ocupar a secretaria municipal de Finanças de São Paulo da gestão Doria.
Esse movimento do governador paulista indica, de maneira geral, uma preocupação do tucano com a boa gestão financeira da prefeitura e de conquistar novos apoios dentro do próprio PSDB – Ana Carla trabalha no governo do tucano Marconi Perillo.
A avaliação de quem acompanha os movimentos de Alckmin é que a gestão Doria tem pouco tempo para dar certo.
Em meio à grande queda de receita municipal, o novo prefeito terá de “trocar” a máquina comandada pelo atual, o petista Fernando Haddad, e colocar a sua marca.