Agência Brasil - O juiz federal Sérgio Moro determinou o bloqueio de carros de luxo que estão em nome da mulher e da filha do ex-deputado federal Eduardo Cunha, preso nesta quarta-feira (19) na Operação Lava Jato.

A medida foi solicitada pela força-tarefa de procuradores das investigações.

LEIA TAMBÉM » Eduardo Cunha é preso pela operação Lava Jato » Moro aponta ‘caráter serial dos crimes’ de Eduardo Cunha » “Trata-se de uma decisão absurda”, diz Cunha no Facebook após ser preso Ao determinar o bloqueio, Moro encontrou oito carros, entre eles um Porsche Cayenne em nome de Claúdia Cruz, mulher de Cunha, e um jipe Tiguan, registrado por Danielle Cunha, filha do ex-deputado.

Os demais veículos estão em nome de empresas ligadas ao ex-deputado, como a Jesus Serviços de Promoção e Propaganda e C3 Produções Artísticas.

Com a decisão, os familiares de Cunha estão impedidos de transferir ou vender os veículos, que serão usados para garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de condenação definitiva. » Sílvio Costa diz que prisão de Eduardo Cunha marca início do fim do governo Temer » Jarbas Vasconcelos comemora prisão de Eduardo Cunha: Chegou a hora de acertar as contas com Moro » Líder do PT diz que prisão de Eduardo Cunha deixa Temer e base aliada em maus lençóis A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça.

O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África.

O processo foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal, mas após a cassação do ex-deputado, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado.