Com informações de Edson Mota, do Jornal do Commercio Após a Polícia Civil de Pernambuco encontrar aproximadamente R$ 177 mil na casa do vereador Neco (PDT), candidato à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Operação Caixa de Pandora, o pedetista esteve com o seu advogado, Plínio Nunes, na tarde desta terça-feira (17), para que a defesa prestasse esclarecimentos à imprensa sobre as investigações.

Para Nunes, a apuração policial tem cunho político e é comum que o postulante, durante a campanha, guarde dinheiro em espécie em casa.

O advogado afirmou que a ação policial foi “truculenta” e “abusiva”.

Nunes denunciou que os policiais chegaram à casa de Neco antes da 5h e teriam arrombado a porta. “Não seria nenhuma surpresa que o próprio Neco achasse naquele momento que a casa tivesse sendo invadida por bandidos que quisessem assaltar”, afirmou, ressaltando que Jaboatão tem um alto índice de criminalidade.

Parte do dinheiro foi encontrado numa lixeira.

LEIA TAMBÉM » Em Jaboatão, vereadores investigados ficavam com até 90% dos salários dos comissionados » Polícia diz que comissionado de Jaboatão na verdade é vendedor de raspa-raspa A defesa ainda frisou que os recursos têm origem lícita.

De acordo com Nunes, cerca de R$ 50 mil foram de um empréstimo tomado por Neco junto ao Bradesco e a outra parte foi do aluguel de propriedades do vereador, que ele estaria juntando há meses. “Neco está numa campanha, é muito comum, é natural que o candidato tenha recursos em casa”, afirmou o advogado. » TCE aponta excesso de comissionados na Câmara de Jaboatão e recomenda concurso Questionado sobre a lista de nomes encontrada na casa do postulante, respondeu: “A essa lista eu pessoalmente não tive acesso, não sei do que se trata a lista.

Isso mostra também a forma pouco ortodoxa como a polícia cumpriu esse mandado, simplesmente não deram a lista do material de tudo aquilo que foi apreendido na residência de Neco, e a lei diz que é uma exigência, é um direito que Neco tem.

Neco não sabe o que foi levado da residência.” Nunes criticou a polícia por não ter tido acesso aos documentos da polícia e por Neco não ter sido convocado para prestar depoimento e disse não ter dúvidas de que a investigação tem um lado político. “O fato de Neco estar candidato com chances reais de vencer as eleições fez com que o nome dele sobressaísse em relação aos demais”, afirmou o advogado. “Estão tentando usar o Judiciário para tentar prejudicar Neco”, disse ainda.