O morador, considerado por muita gente, um dos mais influentes do bairro de Casa Forte, na zona norte do Recife, virou tema de livro.

O padre José Edwaldo Gomes é o personagem retratado no livro Um Padre Nosso a ser lançado quinta-feira, dia 20 de outubro próximo, na Livraria da Praça, pertinho da casa onde ele mora.

Segundo a autora, o que está escrito em cento e quarenta e quatro páginas não se enquadra como biografia, mas como breve relato da história do homem que, este ano, comemora 85 anos de vida, 60 de sacerdócio e 46 de pároco da Matriz do Sagrado Coração de Jesus, em Casa Forte.

A narrativa dividida em quinze capítulos envereda por lembranças de sua infância na Barra da Guabiraba, então distrito da cidade de Bonito, no agreste pernambucano, passa pela adolescência no Seminário de Olinda até chegar ao Recife, onde ele despontou e fincou raízes. “Nesse resgate de sua longa vida, Padre Edwaldo evoca os amigos, mistura fatos pessoais e, mostra-se sempre, como um religioso atualizado com o tempo, aberto às mudanças e preocupado em ajudar os mais pobres”.

No livro, sua convivência com o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara tem destaque e, valeu dele uma citação comovida em que declara agradecer a Deus o fato de ter sido padre na mesma época do Dom da Paz.

O livro é pontuado por frases dele, ora fortes, ora bem-humoradas ditas à jornalista Vera Ferraz durante as entrevistas. “Ao longo do meu sacerdócio, tenho grande admiração pela Igreja, mas nem sempre pelos homens da Igreja”. “A Polícia tinha medo de quem pensava.

Coitados”! “Eu creio na eternidade, mas não tenho pressa nenhuma de ir para lá”, entre outras.

O lançamento do livro, Um Padre Nosso, abre com 14 dias de antecedência a 38ªFesta da Vitória Régia, que este ano, acontecerá nos dias 4, 5 e 6 de novembro e irá homenagear padre José Edwaldo Gomes.

O evento é beneficente, inteiramente voltado para manutenção das obras sociais da paróquia de Casa Forte, como a Casa da Criança Marcelo Asfora que dá assistência a 120 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade e, a 250 famílias, reconhecidamente, pobres da comunidade.