O Ministério da Integração Nacional anunciou nesta segunda-feira (17) que vai contratar por Regime Diferenciado de Contratação (RDC), uma licitação mais ágil, a empresa que vai substituir a Mendes Júnior na obra do eixo norte da Transposição do Rio São Francisco.

Envolvida na Operação Lava Jato, a empreiteira e passou a ter dificuldade para obter crédito.

Atrasada há seis anos, a entrega do empreendimento agora é prometida para 2017.

Nesse regime, ao contrário do convencional, em que a análise jurídica das empresas é feita antes de oferecerem os lances, o preço é apresentado antes e apenas o vencedor deve apresentar a documentação para ser habilitada.

A média de tempo até a contratação é de três meses, metade do que é comum no modelo tradicional.

LEIA TAMBÉM » Sem Mendes Júnior, ministro promete licitação para a transposição em um mês » TCU dá aval para que Mendes Júnior seja substituída nas obras da Transposição » Mendes Júnior vai deixar obra da Transposição do Rio São Francisco Além disso, a pasta anunciou nesta segunda-feira (17) que será aberta, a partir do dia 31 deste mês, consulta pública dos serviços ainda pendentes.

O trecho da obra é de 140 quilômetros de extensão, desde Cabrobó, no Sertão pernambucano até o reservatório Jati, na cidade de mesmo nome, no Ceará. » Ministério repassa R$ 25 milhões para Adutora do Agreste » Governo solicita licença de operação para a transposição do São Francisco De acordo com a Integração Nacional, 90,7% das obras no eixo norte estão completas.

No eixo leste, prometido até dezembro, foram concluídos 88,7%. » Dilma pressiona governo Temer sobre Transposição » Em tom de despedida, Dilma diz em Pernambuco que ficará triste se não vir fim da Transposição » Mendes Júnior é a primeira empreiteira da Lava Jato proibida de assinar contratos Através da consulta pública, as empresas que tiverem interesse de participar da licitação poderão visitar as obras, analisar documentos técnicos e antecipar questionamentos.

De acordo com a pasta, a consulta vai dar celeridade à licitação e contribuirá para elaboração do edital que deverá ser lançado em novembro.

Em Pernambuco, além do problema na própria Transposição, há ainda o Ramal do Agreste, que vai levar a água do eixo leste para a Adutora do Agreste.

Sem isso, o canal não ajuda essa região de Pernambuco.

Orçada em R$ 1,2 bilhão, a obra já foi de responsabilidade do Ministério da Integração, passou para o governo estadual e depois voltou para a gestão federal, sem dar andamento à obra.

A adutora, no entanto, não está em situação muito melhor; a construção, iniciada em 2013, está em ritmo lento.

Essa semana, a pasta liberou R$ 25 milhões para essa obra.